Um detalhe em um dos depoimentos sobre os R$150 mil furtados e recuperados pela Polícia Civil ocorridos na última quarta-feira, 7 de junho, chamou a atenção da reportagem e dos leitores do Site do Marcelo Lopes. Parte do dinheiro roubado - trinta mil reais - teria sido repassado para outra pessoa a título de "presente de casamento" embrulhado em um pano. A história foi muito comentada nas redes sociais, pela curiosidade que aquele termo despertou nos leitores. O Site, então, foi esclarecer junto à Polícia Civil se foi mesmo presente ou mais uma etapa do golpe para ficar com o dinheiro roubado. 

 

De acordo com o delegado Diego Mattos, a mulher que furtou o dinheiro, precisava se livrar de parte dele. Assim, fez um pacote com trinta mil reais, como se fosse um embrulho qualquer, "amarrou direitinho, tudo normal e ainda passou um pano, provavelmente lençol, para que as notas não fossem vistas, e entregou a uma pessoa conhecida. Antes, porém, havia combinado com sua comparsa que deixaria a encomenda com esta colega dizendo se tratar de um presente de casamento, assim ela só precisava chegar lá mais tarde e dizer que veio buscar o tal presente", explicou o delegado. O objetivo era fazer o dinheiro chegar até às mãos da outra envolvida no furto sem elas se encontrarem, o que geraria desconfiança, por isso inventou que seria um presente casamento e, para isso, envolveu uma pessoa inocente, concluiu Diego Mattos.

 

O inspetor Leonardo Pessanha, que acompanhou de perto toda a história e coordenou a equipe de policiais civis que desvendou o caso, faz questão de dizer que a pessoa que recebeu o dinheiro não fez nada de errado, porque ela sequer sabia que dentro daquele pacote continham cédulas. Segundo afirma, "ela apenas recebeu o pacote, tem conduta ilibada, ajudou a esclarecer os fatos prestando todas as informações necessárias e, portanto, não tem nenhum envolvimento neste caso", disse. Além disso, é bom lembrar, quando os policiais chegaram para buscar o pacote, ele estava intacto, do jeito que havia sido entregue.

Fonte: Marcelo Lopes