Caminhoneiros mantêm mobilização no trevo de acesso à Laranjal
28/05/2018 07:30 em REGIÃO

 

Os caminhoneiros autônomos mantêm a mobilização na BR-116 no trevo de acesso ao município de Laranjal. Neste domingo (27) a Reportagem do Jornal O Vigilante esteve naquele trecho onde o fluxo de veículos está liberado, porém a paralisação dos caminhoneiros segue pacificamente pelo sétimo dia consecutivo. A categoria reivindica a redução no valor dos combustíveis. 

Durante a presença da Reportagem, um caminhão e uma carreta que seguiam pela rodovia sentido Muriaé carregados de remédios passaram normalmente pela manifestação. Um dos manifestantes, Anderson Carioca, ressaltou que cargas como medicamentos e materiais hospitalares não sofrem qualquer tipo de impedimento.  

Veja o vídeo:


Laranjal está localizada a 29 quilômetros de Leopoldina e possui uma população estimada de 6.852 habitantes, de acordo com o último censo do IBGE. O município tem tradição no ramo de veículos pesados. Um dos proprietários de carreta que conversou com o Jornal disse que mais de duas centenas de motoristas residem no município, que é cortado pela rodovia BR-116.

Anderson Carioca (foto) ressaltou que a população tem abraçado a causa. "Tenho ficado aqui o dia inteiro pra ajudar os companheiros. Laranjal gira em torno do caminhão e aqui o apoio tem aparecido, já colocaram internet pra gente, TV à cabo, alimentação, cada um tem doado um pouco, mantimentos têm vindo através de doações. Na madrugada a gente têm revezado pois nela precisamos ter mais suporte", declarou. 

José Fortini (foto), proprietário de carreta residente naquele município, afirmou: "Uma cidade que vive do caminhão como Laranjal, que é uma das pequenas cidades do estado que mais tem caminhão de carga, entre carreta, caminhão 3/4, é necessário que a gente conscientize que ninguém tá parado por acaso, não tem condição de aguentarmos esses aumentos. O caminhoneiro pega uma carga em São Paulo e quando chega em Teófilo Otoni ele já não tem dinheiro", ressaltou. "Se continuar, e ele insistir, ele vai perder seu veículo. Se não parasse agora ele iria parar depois por não aguentar mais e não conseguir colocar pneu no seu veículo e por aí vai. Ninguém quer ficar parado não, a gente quer trabalhar, mas precisamos de condição", esclareceu.

 

 

Fonte: O Vigilante

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