Servidores estaduais da educação protestam em Leopoldina e cobram do governador o pagamento dos salários
22/06/2018 07:36 em LEOPOLDINA

 

Uma nova manifestação do funcionalismo público estadual foi realizada no final da tarde desta quinta-feira (21) no Centro da cidade. De acordo com a Coordenadora da Subsede Leopoldina do Sind-UTE, Rita de Cássia Moreira, cerca de 70 pessoas participaram da manifestação, dentre elas professores, servidores da área administrativa, inclusive da Superintendência Regional de Ensino (SRE). 

Empunhando cartazes e gritando palavras de ordem como “Quem luta educa”, “Você aí parado também é explorado” e “Protesto, Protesto, Aposentado não é resto”, os trabalhadores em Educação do estado de Minas Gerais se posicionavam diante dos veículos que paravam no semáforo da Praça General Osório e chamavam a atenção da população pelo atraso dos salários das 8 carreiras da categoria.


Rita Moreira (foto) explicou à reportagem que “o governo se recusa a fazer esse diálogo, que é o que deveria estar sendo feito desde o início, quando não está assumindo os compromissos, pagando nas datas e na agenda que ele propõe pra gente. Mas não há diálogo”, lamentou. 

Sobre o parcelamento dos salários acordado entre governo do estado e funcionalismo a Coordenadora do Sind-UTE esclareceu que o governo só pagou uma parte. “O que já era parcelado ele reparcelou. Isso significa que ele pagou metade da metade e a categoria - que são os aposentados, que eu me recuso a dizer inativos, não recebeu até o momento.”


A estimativa é que 70% ou a 80% das escolas estaduais em Leopoldina estão representadas no movimento. Segundo Rita Moreira, em todas as cidades de Minas estão acontecendo atos. “Nem todos os professores acatam a decisão sindical, porque ela é soberana, mas nem todos os professores estão aqui e alguns estão retornando, mas isso não impede que estejamos na Praça fazendo o movimento e defendo os aposentados que não receberam seus pagamentos, que é a tônica do movimento desta quinta-feira”, declarou. 

Em seguida, Rita de Cássia Moreira fez um apelo aos professores aposentados: “Nós estamos pedindo para que todos os professores aposentados venham para o nosso movimento, façam parte, porque só assim, unidos, é que poderemos fazer um movimento grande e mostrar para o Pimentel que realmente a situação é crítica. O diálogo é importante, mas se não tem diálogo, vamos pra rua”, concluiu, destacando que a greve continua.


Nota de Esclarecimento do Sind-UTE/MG

Nesta quarta, o Sind-UTE/MG enviou a seguinte Nota de Esclarecimento para a Redação do Jornal O Vigilante: "Na tarde desta quarta-feira, dia 20 de junho de 2018, o Sind-UTE/MG foi informado pela Secretaria de Planejamento e Gestão de que o Governo fará o depósito do valor de até R$1.500,00 como restante da primeira parcela dos salários para parte da categoria da educação. A decisão dos/as trabalhadores/as em educação, definida na maior instância do Sindicato que é seu Congresso Estatutário, é a suspensão das atividades até que os servidores da educação recebam a primeira parcela dos salários, sem distinção de cargo, vínculo ou condição de ativo ou aposentado. O governo foi notificado desta decisão no dia 05 de junho último. Como o governo ainda não efetuou o pagamento integral da primeira parcela para toda a categoria, esclarecemos que a suspensão das atividades, conforme decisão do Congresso, continua até que toda a categoria receba a primeira parcela integral do salário."



 

Fonte: O Vigilante

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