Agentes prisionais de Minas vão integrar força-tarefa contra onda de violência no Ceará; Muriaé está na lista
16/01/2019 06:10 em REGIÃO

 

Agentes prisionais de nove municípios mineiros, incluindo Muriaé, vão atuar no combate à onda de violência no Ceará. Conforme a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) de Minas Gerais, 16 agentes integrarão a “Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária”, criada pelo Ministério da Justiça. Cinco servidores atuarão diretamente no Ceará e os outros 11 ficarão em Brasília, de sobreaviso.

De acordo com a Seap, o grupo de Minas foi selecionado a partir de critérios técnicos, entre eles possuir curso de capacitação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e comprovada experiência em unidades prisionais. Além do agente que atua em Muriaé, também serão enviados servidores que atualmente trabalham nos municípios de Belo Horizonte, Uberlândia, Patos de Minas, Unaí, Teófilo Otoni, Nova Era, São Lourenço e Francisco Sá. Por questão de segurança, os nomes dos agentes não foram divulgados.

A equipe deverá partir para o Ceará e a capital federal ainda esta semana, e permanecerá na força-tarefa por ao menos 90 dias. Em caso de prorrogação, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, fará um novo pedido.

Desde 2 de janeiro, ao todo, já foram registrados aproximadamente 200 ataques contra órgãos públicos, veículos, estabelecimentos comerciais, torres de energia e de telefonia, pontes e viadutos em vários pontos do Ceará. As ocorrências tiveram início após o secretário de Administração Penitenciária do Ceará, Luís Mauro Albuquerque, afirmar que não reconheceria a atuação das facções criminosas e que acabaria com a separação desses grupos por presídios no estado.

Força-Tarefa

A Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) foi criada em 2017 pelo então ministro da Justiça e Cidadania, e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Formada por agentes penitenciários federais, estaduais e do Distrito Federal, a FTIP atua em apoio aos governos estaduais em situações extraordinárias de grave crise no sistema penitenciário.

Conforme portaria assinada pelo ministro, compete à força-tarefa atividades de serviço de guarda, vigilância e custódia dos presos.

 



Fonte : Estado de Minas/ Rádio Muriaé
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