Mais de 18 pessoas desapareceram por dia em Minas em 2022, aponta relatório da Polícia Civil
25/05/2023 15:09 em REGIÃO

 

Relatório da Polícia Civil de Minas aponta que 6.758 pessoas desapareceram no estado em todo o ano passado. O número equivale a 18 pessoas por dia. Desse total, 4.356, ou 64% dos desaparecidos foram localizados.

O balanço foi divulgado em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (25), no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro Lagoinha, região Nordeste de Belo Horizonte.

O documento também mostra que a maior parte dos desaparecidos são homens com mais de 18 anos. Entre 2020 e 2022, foram mais de 13 mil homens registrados como desaparecidos nas delegacias do estado - 64% do total no período.

A delegada Bianca Landau, chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), salienta que não há um padrão para os desaparecimentos e que ,às vezes, eles acontecem de forma espontânea.

“Na maioria das vezes, se dá de forma voluntária. Observamos que eles podem ser motivados por diversas causas, como drogas e bebidas alcoólicas, algum sofrimento mental, mas podem ser variáveis. Não existe um padrão”, disse.

Bianca também recomenda que, assim que os familiares notarem o desaparecimento, façam o registro policial.

“É importante ter o diagnóstico. A investigação do desaparecimento inicialmente tem um procedimento padrão. O primeiro passo é a confecção do BO, onde precisamos coletar o maior número de informações possíveis. Roupa que a pessoa estava usando, celular para que possa ser rastreado, conta bancária. Tudo pode ajudar”, disse.

Alerta

A delegada também alertou para os casos de pessoas que são localizadas e as famílias não retiram as queixas. Isso pode afetar as estatísticas, pois geram subnotificação.

"Muitas pessoas retornam ao lar voluntariamente, e as famílias não vão à delegacia informar. Então, ela continua como desaparecida, mesmo tendo retornado. Além disso, temos outros fenômenos, que são os casos de sumiços que não são notificados. As famílias não informam nas delegacias e fazem uma investigação por contra própria", disse.

Fonte; Hoje em Dia

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