A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga uma possível fraude em um convênio da Prefeitura Municipal de Itabira e uma associação de apoio ao produtor rural, com superfaturamento de produtos e desvio de dinheiro público com os envolvidos no esquema.
Segundo informações da polícia, o Programa Patrulha Agrícola da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento tinha objetivo de auxiliar no desenvolvimento sustentável da produção, além de garantir às comunidades rurais consciência ambiental, social, associativismo e acesso à pesquisa agropecuária.
O valor estipulado para execução do convênio era de R$ 2,6 milhões, mas, ao longo de três anos, chegou a quase R$ 15 milhões por conta de aditivos contratuais.
Segundo investigações, um empresário de João Monlevade, município na Região Metropolitana de Belo Horizonte, era responsável por intermediar a compra de produtos e serviços superfaturados para e dividir o dinheiro com envolvidos no esquema.
Informações da Policia Civil dão conta de que o então secretário de Agricultura recebeu cerca de R$ 71 mil e seu filho R$ 56 mil. Além disso, o secretário-adjunto de Agricultura teria recebido R$ 27 mil e o filho do administrador R$ 95 mil. Por fim, a secretária da associação recebeu transferência a crédito do empresário no valor de R$ 13 mil.
As investigações também apontaram que o empresário criou pessoas jurídicas para emitir notas fiscais falsas para justificar o dinheiro desviado, incluindo um faturamento de mais de R$ 680 mil.
As notas registravam movimentações de produtos como peças de veículos e máquinas, pneus, lubrificantes, peças para tratores e máquinas e recapagem de pneus.
Fonte: Rádio Itatiaia