De acordo com o delegado Guilherme Guimarães Catão, da Delegacia de Combate à Corrupção, as investigações começaram a partir de uma denúncia recebida pela Polícia Civil. A instituição conseguiu confirmar que de três a quatro funcionários do gabinete repassavam parte dos salários para o vereador.

"A gente conseguiu comprovar que realmente esses investigados tinham uma movimentação financeira incompatível com os salários deles. Eram movimentações financeiras elevadas, grande vulto de dinheiro, para pessoas que não tinham condições de manter e ter esse fluxo de dinheiro", afirmou Catão.

Segundo ele, além do parlamentar, assessores ligados diretamente a ele se beneficiavam com o esquema.

As apurações confirmaram também que pelo menos um dos funcionários do gabinete do ex-vereador não trabalhava, de fato, no local, mas sim em um haras.

 

"Ele ficava lá de segunda a sexta, e era incompatível com o horário do gabinete", afirmou o delegado.

 

Na operação realizada nesta segunda-feira, a polícia cumpriu 14 mandados de busca e apreensão na Câmara Municipal de Ribeirão das Neves e em residências e estabelecimentos comerciais. Foram apreendidos R$ 42 mil em espécie, além de dois veículos, documentos e telefones celulares.

 

O g1 entrou em contato com Léo de Areias e a Câmara Municipal de Ribeirão das Neves, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

 

Léo de Areias foi vereador de Ribeirão das Neves por três mandatos, entre 2013 e 2024. Nas últimas eleições, ele também se candidatou, mas não foi eleito.

 

Em outubro de 2023, o político foi preso em flagrante suspeito de agredir a então namorada. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima levou um tapa no rosto por se negar a ter relações sexuais com ele.

Em março do ano passado, Léo de Areias e um funcionário foram detidos por suspeita de "falsa comunicação de crime", segundo a Polícia Militar.

 

 

Fonte: Site do G-1 MG