Em primeira blitz, Procon encontra arroz por R$ 27,90 e contrafilé por R$ 65
15/09/2020 04:46 em DIVERSOS

 

Procon-SP começou hoje a operação de fiscalização de preços dos itens da cesta básica de alimentação, como arroz, óleo de soja e carne bovina. Nesta primeira blitz, foram autuados 21 estabelecimentos que deverão justificar os preços cobrados nas gôndolas.

O que acontece com esses estabelecimentos autuados? Eles devem mostrar notas fiscais de compra para comprovar que os preços cobrados não são abusivos.

“Nós iremos comparar a nota de compra de cada item com o preço da prateleira para verificar se há margem de lucro muito ampliada, que é uma prática abusiva, e os abusos não serão tolerados”, diz Fernando Capez secretário de defesa do consumidor.

Se as notas não comprovarem que o aumento foi justificado, as empresas autuadas poderão responder a um processo administrativo.

Quais são os itens fiscalizados? A operação monitora preços do arroz (pacote de 5kg), óleo e carnes vermelhas (patinho, coxão mole, coxão duro e contrafilé).

Quais foram os maiores preços encontrados?

  • Arroz: R$ 27,90
  • Óleo de soja: 7,73
  • Patinho: 47,69
  • Coxão mole: R$ 55,61
  • Coxão duro: 53,11
  • Contrafilé: R$ 64,99

As operações continuam? Sim. “As operações continuam para garantir à população de baixa renda o acesso aos produtos da cesta básica”, afirma Capez.

Os supermercados já se pronunciaram? Ainda não. Mas Omar Ahmad Assaf, diretor da Apas (Associação Paulista de Supermercados), disse que não existe supermercado querendo tirar vantagem do consumidor. “Ninguém está brincando de aumentar margem nesse momento. Quem fala que o setor está se aproveitando não conhece nossa estrutura de trabalho”, disse ao 6 Minutos.

O que vem puxando a alta do arroz? É uma combinação de motivos, como real desvalorizado, aumento das exportações e da demanda interna. Os supermercados culpam a indústria, que por sua vez responsabiliza os produtores.

“Nas últimas semanas, a indústria tem sofrido enorme dificuldade de acesso à matéria-prima, decorrente da restrição de oferta do arroz, que está concentrada em poder de poucos produtores”, afirma a Abiarroz, associação do setor. “Importa destacar que a matéria-prima representa parte expressiva do preço de venda do arroz, o que reflete sobremaneira no preço final ao consumidor.”

 

Fonte: 6 minutos / Leopoldina News

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