Junho foi o mês mais mortal em Leopoldina e reabertura com Onda Amarela pode ser sinal vermelho a todos
06/07/2021 05:25 em LEOPOLDINA

 

O mês de junho registrou 1/4 das mortes por Covid-19 ocorridas em 2020 na cidade de Leopoldina. Número é assustador.

 

A possível inserção do município de Leopoldina na Onda Amarela a partir de um novo decreto, pode ter resultados catastróficos se não for levado com todas análises e considerações possíveis. Não é questão de acompanhar o que decide Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais sobre o Covid-19 em Belo Horizonte, mas sim da realidade vivida pelo município de Leopoldina.

Em Leopoldina, o mês de junho por exemplo foi o mais mortal durante a pandemia do novo Coronavírus desde março de 2020. Foram cerca de 22 óbitos em 30 dias, deixando para trás com larga vantagem os piores meses até então, registrados em janeiro com 15 óbitos, abril e maio com 14 óbitos cada.

O mês também foi responsável por um dos maiores dados de contaminados por Covid-19. Foram 742 casos, ficando atrás apenas dos registros do mês de maio com 912 casos e janeiro com 758.

As flexibilizações concedidas nos últimos dias na região e ainda em Leopoldina tem ocasionado aglomerações em diversos setores da sociedade. Bares, restaurantes, instituições religiosas e na área esportiva, sem o uso dos recursos para evitar a propagação da Covid-19 é um dos pontos mais observados.

Em 2020 após manter a cidade praticamente toda fechada por 5 meses, o governo municipal não logrou êxito com a reabertura, exatamente no período que antecedia aos movimentos políticos das eleições. Ainda antes do pleito de novembro, a linha de casos confirmados voltou a subir e não baixou mais. Ao todo, em 2020 foram 39 óbitos, cerca de 30,7% em relação aos 127 óbitos registrados até o dia 30 de junho. Também ocorreram 1.538 casos, que representa cerca de 29,84% dos 5.138 casos até junho.

Para se observar o nível crítico que ainda opera o município em relação ao número de casos, em 2021 foram registrados cerca de 3.615 novos casos, dos quais, o mês de junho representa 20,5% dos números, contra 25,22% de maio e 20,8% de janeiro.

Todos os dados negativos tem chamado à atenção nos últimos meses diante de tal escalada, e a preocupação gira em torno do número de leitos ocupados na enfermaria e UTI Covid-19 na Casa de Caridade Leopoldinense. Os números sempre estiveram numa posição extremamente perigosa, podendo faltar leitos e atendimento aos pacientes em casos de uma nova explosão de casos na cidade e região.

Algumas informações nos bastidores apontam que a cidade de Leopoldina será levada à Onda Amarela nos próximos dias. Resta saber com quais regras teremos que lidar e qual o nível de responsabilidade dos gestores em relação à realidade local.

Fonte: Leopoldina News

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