Reunião entre governo e servidores da educação em Minas Gerais termina sem acordo
15/03/2022 05:51 em REGIÃO

 

Após audiência de conciliação com o governo na sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira (14), os servidores da educação decidiram continuar em greve por tempo indeterminado.

Uma nova reunião foi marcada para a quinta-feira (17).

 

"Na avaliação da direção do Sind-UTE (sindicato da categoria) a reunião foi positiva para o movimento. Isso porque, a partir desta audiência, o Tribunal de Justiça abriu o processo de mediação e negociação, o que o governo do estado se recusava a fazer até então", disse o sindicato em nota.

 

Ainda segundo a nota, o sindicato "relatou toda as tentativas de negociação da categoria desde 2019. A categoria afirma que houve 19 reuniões com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), além de 39 documentos de cobrança sobre o pagamento do piso.

"Também falamos da defasagem salarial que a categoria sofre desde 2017, além dos riscos com a eventual aprovação do Regime de Recuperação Fiscal que poderá impor 14 anos de congelamento salarial", disse.

A categoria reivindica o pagamento do piso salarial dos professores. O valor atual é de R$ 3.845,63, mas eles recebem R$ 2.135,64.

A Secretaria de Estado da Educação (SEE-MG) informou que acompanha o movimento nas escolas estaduais e tem mantido diálogo com representantes sindicais. Afirmou que até a última sexta-feira, foi reportado funcionamento normal na maioria das escolas públicas estaduais mineiras.

Ainda segundo a SEE-MG, caso haja necessidade, haverá um cronograma para reposição de aulas.

O governo ainda lembrou que a proposta de reajuste salarial de 10,06% para todos os servidores foi enviada à Assembleia na última sexta-feira (11). O novo texto estabelece pagamento retroativo a janeiro de 2022 para os servidores da Saúde e da Segurança Pública, assim como já havia sido previsto para a Educação.

O percentual estabelecido é o que Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento.

 

Os alunos, que ficaram quase dois anos sem aulas presenciais por causa da pandemia da Covid-19, estão sem estudar novamente. O retorno tinha sido no dia 7 de fevereiro deste ano. No dia 9 de março, a greve foi deflagrada.

O governo do estado anunciou reajuste de 10% para todos os servidores. Ele chegou a pedir pela retirada do caráter de urgência do projeto sobre Regime de Recuperação Fiscal para que este texto seja votado com rapidez na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Mas ele ainda não avançou.

 

 

Fonte: G-1 Minas

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