Servidores da saúde protestam por melhorias e reajuste salarial em BH
23/03/2022 13:23 em REGIÃO

 

Servidores da Saúde da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) protestaram, nesta quarta-feira (23), em Belo Horizonte, por melhorias e recomposição salarial. A categoria se concentrou em frente ao Hospital João XXIII, na região Leste da capital mineira, e chegou a fechar a avenida Alfredo Balena, ocasionando trânsito lento na região. 

Durante o movimento, organizado pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros) e pela Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado (Asthemg), a categoria debateu sobre a possibilidade de greve. A decisão, no entanto, será tomada apenas após uma rodada de negociações, marcada para esta quinta (24). 

É o que explica a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas (Sind-Saúde), Dehonara de Almeida Silveira. A entidade também reforçou a reivindicação. 

“A categoria decidiu que, caso o governo Zema não atenda minimamente as reivindicações e não olhem com a dignidade salarial, os trabalhadores vão à luta, os trabalhadores vão à greve”, disse ao Hoje em Dia durante a manifestação desta quarta. 

Ainda segundo Dehonara, os servidores são contrários ao reajuste de 10%, proposto pelo governo do Estado. “Não atende às perdas salariais que os profissionais tiveram nos últimos 10 anos. Também tem a questão da ajuda de custo, que foi diferenciada. Tem trabalhador que recebeu e outros que não. Então por tudo isso que os trabalhadores estão na rua. Nós queremos um reajuste melhor. Com o salário que está, não dá para sobreviver”, concluiu. 

Segundo o presidente do Sindpros, Carlos Augusto dos Passos Martins, os servidores pedem que o benefício de ajuda de custo passe dos atuais R$ 50 para diaristas, para R$ 75, e de R$ 116 para plantonistas, para R$ 134, num total de 11 plantões mensais. 

O movimento

Durante o ato, servidores carregavam cartazes com dizeres como “greve na saúde, culpa do Zema”, “cumprimos com nossas obrigações, agora queremos nossos direitos”, e “quem cuida da saúde dos mineiros merece respeito”. Além disso, um manifestante usava uma máscara com o rosto do governador de Minas e um nariz grande, em alusão à mentiras. A categoria manteve escala mínima para atendimento de urgência no decorrer do protesto.

Procurado, o governo de Minas informou que mantém diálogo aberto com todas as categorias e lembrou sobre o projeto de lei que prevê reajuste salarial de 10,06%, aprovado em 1º nesta quarta-feira (23)

“O percentual estabelecido é o que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento”, disse por meio de nota. 

Já a Fhemig disse que não houve impacto assistencial nas unidades da rede em razão da manifestação dos servidores e que o pagamento do reajuste da ajuda de custo foi realizado no dia 14 março, com efeito retroativo.

Fonte: Com Lucas Prates / Hoje em Dia

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