Acidente causou morte de Marília Mendonça completa seis meses e investigação segue suspensa
05/05/2022 15:22 em REGIÃO

 

O acidente aéreo que causou a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas completa seis meses nesta quinta-feira (5) e ainda não se sabe o que causou a queda da aeronave.

Isso porque as investigações estão paralisadas há um mês por causa de um impasse. O inquérito, presidido pela Polícia Civil de Minas Gerais, foi pausado após as Justiças Estadual e Federal entrarem em conflito sobre qual dos dois órgãos seria o responsável pelo caso.

No dia 29 de abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que a Justiça Estadual em Minas deveria cuidar da ação. Entretanto, a investigação ainda não foi retomada.

Segundo a Polícia Civil, a corporação aguarda o retorno da Justiça. “Tão logo a PCMG receba os autos do Poder Judiciário, dará continuidade às investigações”, informou em nota.

Acidente aéreo

Em 5 de novembro de 2021, o avião em que as vítimas estavam caiu na zona rural de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce mineiro. Com o impacto, os tripulantes da aeronave sofreram politraumatismo contuso, e vieram a óbito. 

Além da artista, conhecida como a "Rainha da Sofrência", também morreram o produtor Henrique Ribeiro, seu tio Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto do avião, Geraldo Medeiros e o copiloto Tarcio Viana. 

aeronave da cantora se chocou contra cabos da rede de energia da Cemig, em uma área próxima ao aeródromo. Na época do acidente, a companhia informou que a torre de distribuição está fora da zona de proteção da área de voo da cidade. 

Conforme os exames de necropsia, todas as pessoas que estavam na aeronave não tinham consumido nenhuma substância que pudesse alterar ou contribuir para o óbito. Para o delegado da Polícia Civil de Caratinga, Ivan Lopes Sales, o resultado dos exames de necropsia são importantes para a eliminação de algumas hipóteses sobre o que pode ter causado o acidente.

Investigação 

Ainda em novembro do ano passado, o delegado responsável pela investigação afirmou que a polícia obteve o relato de um piloto que estava a 20 minutos de distância da aeronave que levava a cantora. Segundo a testemunha, o King Air entrou em contato com a cabine de comando do avião e não foi informado nenhum problema técnico.

Com essa informação, a corporação descartou que a causa do acidente pudesse ser alguma falha mecânica. A testemunha declarou, também, que o piloto Geraldo Medeiros afirmou que estava “na perna do vento da 02”, ou seja, já realizava os procedimentos de pouso.

Tragédia

 

A aeronave decolou de Goiânia e seguia para Caratinga, cidade também no Vale do Rio Doce, onde a artista faria um show na mesma noite. 

O resgate das vítimas demorou cerca de três horas, já que o avião estava em uma área de difícil acesso. Equipes do Samu, bombeiros militares e policiais atuaram na retirada dos corpos. Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, os ocupantes estavam presos entre as ferragens. Os primeiros a serem resgatados foram os passageiros, já  que o piloto e o co-piloto estavam em áreas mais difíceis.

A artista estava em um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, com capacidade para seis passageiros. Segundo informações da Anac, o avião estava em situação regular.

Fonte: Hoje em Dia

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