Minas Gerais tem 22 trechos de rodovias interditados pelos protestos dos caminhoneiros contra Lula
01/11/2022 05:19 em REGIÃO

 

Pelo menos 22 trechos estão interditados em rodovias de Minas Gerais por conta das manifestações dos caminhoneiros contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.

As eleições foram finalizadas nesse domingo (30) e os primeiros protestos começaram na madrugada desta segunda-feira (31).

Só na rodovia BR-381 (Fernão Dias) são oito pontos com interdição. Em Três Corações, no Sul de Minas, as pistas no sentido Belo Horizonte e São Paulo estão bloqueadas na altura do KM 752. A manifestação provoca congestionamento de um quilômetro, segundo a Arteris Fernão Dias, concessionária que administra o trecho.

Em Betim, na região Metropolitana, também há interdição na altura do KM 485. Na pista sentido São Paulo há congestionamento de sete quilômetros e, no sentido BH, a fila chega a três quilômetros.

Em Pouso Alegre, também no Sul de Minas, há interdição na faixa sentido São Paulo, na altura do KM 850, gerando congestionamento de dois quilômetros.

No Vale do Rio Doce, há interdição parcial na altura do KM 258 da BR-381 em Ipatinga; interdição parcial no KM 278, em Jaguaraçu; e interdição total no KM 410, em Governador Valadares.

Em Perdões, no Oeste de Minas, há interdição total no KM 678. Em João Monlevade, na região Metropolitana, há interdição parcial no KM 361. As informações são da Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais (PRF-MG).

Na rodovia BR-365, três trechos estão interditados. Em Patrocínio, no Triângulo Mineiro, há bloqueios nos KMs 471 e 476. Em Patos de Minas, na mesma região, há interdição total no KM 406.

Na BR-050, são três pontos de interdição. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, há bloqueio parcial nos KMs 176 e 179. Em Uberlândia, na mesma região, há interdição parcial no KM 85.

Na rodovia BR-116, há um ponto parcialmente interditado em Muriaé, na Zona da Mata, na altura do KM 702.

Na BR-040, dois trechos interditados. Em João Pinheiro, na região Noroeste, há interdição parcial no KM 145. Em Três Marias, na região Central, há bloqueio parcial no KM 275.

Na BR-153, há um ponto totalmente interditado entre Prata e Borborema, no Alto Paranaíba, na altura do KM 112.

Na BR-262, dois pontos encontram-se interditados. Em Bom Despacho, na região Central, há bloqueio parcial no KM 480. Em Nova Serrana, na região Oeste, há interdição total no KM 447.

Na rodovia MGC-267, em Poços de Caldas, no Sul do Estado, há bloqueio no KM 530. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMR), há liberação de veículos particulares, ônibus, veículos de serviços essenciais, carga viva e produtos perecíveis.

Na MGC-122, em Janaúba, no Norte de Minas, há interdição total no KM 159.

Posicionamento da PRF
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal afirmou que, desde ontem, quando surgiram as primeiras interdições, "foram adotadas providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para o locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos, como aconteceu em outros protestos".

A PRF informou ainda que "já acionou a Advocacia Geral da União (AGU) em todos os estados onde foram identificados pontos de bloqueio, para obter interdito proibitório na Justiça federal, objetivando, liminarmente, a expedição de mandado judicial como forma de garantir pacificamente a manutenção da fluidez nas rodovias federais brasileiras".

A corporação disse estar presente nos pontos de bloqueio e "permanece trabalhando pelo fluxo livre nas rodovias federais, viabilizando-se o escoamento da produção, assim como o direito de ir e vir dos cidadãos, além de seguir monitorando de perto os locais com alta probabilidade de interdição".

Por fim, a PRF afirmou que "sempre trabalhou com o compromisso constitucional de garantir a mobilidade eficiente, a preservação da ordem pública, a segurança viária e o combate ao crime nas rodovias federais brasileiras".

Posicionamento da Advocacia-Geral da União
Já a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que, nesse caso, a PRF pode atuar sem autorização judicial.

Em nota, a AGU esclareceu que existem pareceres jurídicos que autorizam a atuação prévia das polícias, sem necessidade de autorização judicial, como ocorreu em 2018, na greve deflagrada pelos caminhoneiros durante o governo de Dilma Rousseff.

"A atuação judicial da AGU ocorre apenas quando, no caso concreto, as instituições de polícia entendem que precisam de medida judicial para garantir a liberação de rodovias", disse a Advocacia-Geral em trecho da nota.

Ainda conforme a AGU, após o pedido da PRF, a instituição irá ajuizar as medidas cabíveis por meio de suas unidades regionais.

Fonte: Hoje em Dia

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