Vereador de BH Léo Burguês renuncia ao cargo na reunião que analisaria a cassação de seu mandato
09/02/2023 04:59 em REGIÃO

 

O vereador Léo Burguês, do União Brasil, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (8), durante reunião do plenário da Câmara Municipal de BH (CMBH) que iria decidir sobre a cassação, ou não, do mandato dele.

O documento de renúncia, inclusive, já foi protocolado na CMBH, de acordo com o presidente da Casa, vereador Gabriel Azevedo (sem partido). 

O anúncio do parlamentar foi feito após a leitura da representação protocolada contra ele para averiguar a denúncia da prática de lavagem de dinheiro e "rachadinha", que é o desvio de parte do salário de servidores nomeados para benefício do parlamentar.

Léo aproveitou o tempo de fala antes do começo da votação que decidiria sobre a aceitação ou não da denúncia de cassação de mandato. No seu breve pronunciamento, o vereador disse que "quem deveria agir de maneira imparcial trata esse processo com parcialidade e aproveita, inclusive, para fazer promoção pessoal em cima do nome de outro vereador".

O parlamentar afirmou ainda que "como se trata de um processo político, gostaria de renunciar ao mandato. Parabéns, presidente". Após o anúncio, o presidente da Câmara, vereador Gabriel Azevedo, paralisou a sessão por cinco minutos para que o pedido de renúncia fosse protocolado, encerrando o cargo político de Léo Burguês.

Caso a votação tivesse se iniciado, e o mandato do vereador fosse cassado, ele perderia os direitos políticos.

A denúncia contra o parlamentar foi divulgada em 27 de janeiro, mas o vereador manteve silêncio e se pronunciou apenas na segunda-feira seguinte, 30 de janeiro, após interromper uma entrevista coletiva que estava sendo concedida pelo presidente da CMBH, justamente sobre os procedimentos que seriam adotados sobre o pedido de cassação.

Léo Burguês foi indiciado pela Polícia Civil (PC) e a investigação apontou crimes contra a Administração Pública, além da existência de “funcionários fantasmas”, que recebem salário sem exercerem a função. Dois assessores foram exonerados.

Ao todo, sete pessoas foram indiciadas: o vereador, três servidores da Câmara Municipal, um servidor da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), um empresário e um ex-assessor.

Fonte: Hoje em Dia

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