Demissão de servidora que xingou deputada na ALMG é publicada em diário oficial
01/09/2023 13:15 em REGIÃO

 

O gabinete da deputada estadual Macaé Evaristo (PT) oficializou, nesta sexta-feira (1°), a exoneração da servidora que acusou a parlamentar Chiara Biondini (PP) de ser “racista” e “homofóbica”. O caso aconteceu nessa quinta-feira (31), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A exoneração da servidora já consta, inclusive, na mais recente edição do Diário do Legislativo, documento que compila as decisões e acontecimentos ocorridos no Parlamento Mineiro.

Chiara chegou a prestar queixa contra a assessora de Macaé. A Polícia Legislativa, responsável pela segurança das dependências da Assembleia, também foi acionada.

As acusações da servidora à deputada do PP aconteceram durante a votação de um projeto que cria mecanismos de combate a assédios e violências políticas contra mulheres

Segundo Chiara, a integrante do gabinete de Macaé não gostou de vê-la se posicionando contra uma emenda de Ulysses Gomes (PT) determina a inclusão de fatores como raça, ética, orientação sexual e religiosidade na formulação de políticas para barrar assédios

"Tinham duas emendas e votei contrariamente a uma das emendas. No momento que votei, uma assessora da deputada Macaé começou a gritar e me xingar, apontar o dedo, falou que eu era racista, homofóbica, misógina, várias palavras de cunho muito sério contra mim. Eu pedi que ela parasse, (mas) ela não parou e continuou me xingando", relatou a deputada.

Macaé pediu desculpas à colega. Antes de definir pela exoneração da funcionária, ela já havia prometido tomar medidas por causa do incidente.

"Lidero a bancada das mulheres e somos diversas. Foi a primeira coisa que falei. Temos posições diferentes, mas todas precisam ser respeitadas. Então, isso não pode acontecer. Lamento o ocorrido e vamos tomar as providências cabíveis, tanto a Casa quanto meu mandato, para sanar a situação”, garantiu.

A assessora exonerada não terá o nome revelado pela Itatiaia. Ela tinha de cumprir carga horária de seis horas diárias. As nomeações na Assembleia funcionam por meio de um sistema de nível de cargos. O posto em que a mulher estava lotada corresponde a um salário mensal de cerca de R$ 3 mil.

A funcionária atuava como assessora externa do gabinete de Macaé e não tinha o costume de ir à sede da Assembleia. Ela, inclusive, não havia sido autorizada pela chefe a acessar as dependências do plenário.

Fonte: Rádio Itatiaia

 

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