Exonerado assessor de vereador alvo de operação em Juiz de Fora
06/10/2023 05:02 em REGIÃO

 

A Câmara Municipal de Juiz de Fora exonerou Gilmar Antônio de Oliveira, assessor legislativo do vereador Cido Reis (PSB). A decisão foi tomada após os dois serem alvos da Operação “Proditora II”, que apura o desvio de recursos públicos recebidos por uma entidade filantrópica de Juiz de Fora.

A instituição em questão trata-se do Instituto Bruno, entidade que atende pessoas surdocegas e com paralisia cerebral.

De acordo com apurações da TV Integração, a suspeita levantada pelas investigações, que estão sob sigilo, é de que uma verba impositiva direcionada por Cido Reis a um trabalho no Instituto Bruno teria sido paga ao próprio Gilmar, que teria prestado o serviço à instituição.

 

O Ministério Público apura a relação do assessor com o vereador e se o dinheiro teria voltado ao gabinete do parlamentar ou ao funcionário, utilizando-se do instituto.

 

Durante a operação, viaturas da Polícia Civil estiveram nas imediações do endereço de um escritório de contabilidade, no Bairro Benfica. No site da Câmara, o local aparece como sendo de propriedade de Gilmar, assessor do vereador.

A publicação da exoneração tem previsão de sair ainda na noite desta quinta-feira (5).

 

O que dizem os envolvidos

 

 

A atual diretoria do Instituto Bruno afirmou que o caso envolve a gestão passada, que deixou a administração da entidade após um processo movido pelo Ministério Público. A gestão também afirmou que, neste momento, a instituição não é alvo da investigação e que este ano cedeu vários documentos solicitados de modo a contribuir com as apurações.

Cido Reis disse ter sido surpreendido pela operação. Por meio da assessoria, o parlamentar informou que não há qualquer espécie de acusação formal. “O que existe é uma investigação e iremos atender tudo que a Justiça nos requisitar. Reforçamos que não existem vinculações ao seu mandato e que toda atuação do vereador Cido Reis como parlamentar tem sido pautada pelo interesse público e atendimento à população.”

Já a Câmara Municipal confirmou a presença de equipe do MP nas dependências do Anexo Ignacio Halfeld. “O MPMG solicitou o acesso a um dos gabinetes parlamentares, que foi prontamente atendido pela equipe de segurança da Câmara. A instituição está acompanhando o caso e colaborando nas diligências solicitadas", disse em nota.

A reportagem não conseguiu contato com o assessor Gilmar Antônio de Oliveira.

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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