Segundo o inquérito, o policial, que era primo da vítima, teria praticado o crime motivado pelo pagamento de prêmios do seguro de vida dela.
Ainda durante as investigações foi apurado que o carro utilizado no crime foi comprado em Belo Horizonte. Após a execução da vítima, o veículo foi localizado em Viçosa, cidade onde o investigado deixou uma motocicleta guardada para voltar para Muriaé.
Houve, ainda, indícios de oferecimento de vantagem indevida por parte do policial para “frear” as investigações.
A Polícia Civil também informou que o inquérito já foi enviado para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O G1 entrou em contato com o órgão para confirmar o recebimento, mas até a publicação desta reportagem ainda não havia retorno.
Nayara Andrade Rocha, de 34 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo no dia 1º de junho, dentro do salão de beleza do qual é proprietária, no Bairro Barra, em Muriaé.
Ela foi encaminhada ao Hospital São Paulo, mas teve a morte confirmada pela unidade no dia 3 de junho. Ela sofreu perfurações no ombro, na perna e na barriga.
Antes de falecer, a vítima contou à Polícia Militar (PM) que estava trabalhando no estabelecimento quando um indivíduo entrou, realizou vários disparos e fugiu com o celular dela.

No dia 22 de junho, o G1 noticiou a prisão do policial, que não teve a idade divulgada, como suspeito de envolvimento na morte de uma mulher. De acordo com a Polícia Civil, o militar era primo da vítima.
As apurações do crime apontaram que o militar forjava documentos para recebimento de indenização, ultrapassando o valor de R$ 15 milhões recebidos.
Após solicitação de posicionamento oficial feita pela reportagem na época, a Polícia Militar (PM) de Muriaé afirmou que não divulgaria nenhuma nota ou declaração sobre o caso, já que o crime não foi cometido enquanto o policial trabalhava.
Fonte: G-1 Zona da Mata