O delegado Tayrone Espindola, responsável pela Divisão de Inteligência da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em entrevista por telefone à Rádio Muriaé na manhã desta quinta-feira (07), caracterizou o incêndio nos dois ônibus do Coletivos União como um “ato terrorista” à população de Muriaé. “Ações como essa tem o objetivo de gerar pânico na sociedade. Não podemos permitir isso em Muriaé”, disse o delegado.

Segundo ele, o inquérito já foi instaurado e os primeiros levantamentos já foram feitos para identificar os criminosos.

O delegado disse também que a Polícia Civil não medirá esforços para localizar os bandidos. “Muitos criminosos copiam ações que ocorrem em outras cidades como forma de retaliação”, disse.

“Esses criminosos são altamente perigosos e precisam serem retirados do convívio com a sociedade”, concluiu.

Entenda o que aconteceu

Um incêndio criminoso foi registrado na manhã desta quinta-feira (07) na garagem da Viação União. Dois ônibus foram completamente queimados.

De acordo com o gerente da empresa, Michel Farjado, dois homens armados chegaram em um carro, renderam dois funcionários e atearam fogo nos veículos.

Eles deixaram uma carta, escrita a mão, dizendo que o motivo do incêndio nos ônibus é uma retaliação para que três detentos da Penitenciária de Muriaé sejam transferidos nos próximos dias para a região metropolitana ou Juiz de Fora.

A carta informou também que a diretoria da penitenciária estava ciente das ameaças.  

Os criminosos afirmaram que se as transferências não acontecerem nos próximos dias, que outras retaliações acontecerão no município.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e com a ajuda de um caminhão pipa do Demsur, em poucos minutos controlou as chamas e evitou que outros veículos fossem queimados. O tanque de combustível também não foi afetado.

Por conta do ocorrido, as linhas que circulam na parte da manhã ficaram comprometidas. A empresa está readequando o itinerário.

A Polícia Militar esteve no local, registrou a ocorrência. As investigações agora ficarão a cargo da Polícia Civil que já instaurou um inquérito, através da Agência de Inteligência. Até o fechamento desta matéria, os criminosos não foram encontrados.