Sindicato suspende greve dos tanqueiros em Minas
23/10/2021 06:00 em REGIÃO

 

O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) suspendeu a greve iniciada nessa quinta-feira (21) cerca de 39 horas após seu início, na tarde desta sexta-feira (22). O presidente da entidade, Irani Gomes, divulgou dois vídeos tratando do assunto.

No primeiro, ele afirma que a suspensão da paralisação ocorreu “após a sensibilidade das distribuidoras junto às transportadoras de combustível, eles resolveram suspender a paralisação até o momento, mas ainda aguardam uma posição do governo do Estado referente às alíquotas do ICMS”.

No segundo, divulgado no fim da tarde, Irani afirma que há “insensibilidade do governo” do Estado. “Não vamos desistir mesmo com a insensibilidade do governo que só faz promessa e não (as) cumpre nós vamos continuar com essa batalha e aguardamos que dias virão”, diz.

“A categoria resolveu suspender as paralisações visando o compromisso com a sociedade e, também. com a sensibilidade das distribuidoras que se comprometeram na próxima semana em estar discutindo sobre melhorias no transporte. Mas nós não vamos abrir mão dessa luta. Sabemos que um fator muito importante é a redução das alíquotas do combustível, pois (ela) eleva muito o preço. O cidadão tem sofrido demais com isso, e as empresas também têm sofrido demais com o alto preço do óleo diesel que, hoje, no Estado de Minas Gerais, e na região Sudeste, tem uma das maiores alíquotas”, acrescenta.

Paralisação

A paralisação em Minas Gerais começou, oficialmente, à meia-noite de quinta-feira e pegou postos de combustível e motoristas de surpresa. Como em outras greves neste ano, o Sindtanque-MG reivindica redução do ICMS cobrado pelo governo do Estado sobre os combustíveis e protesta contra os preços praticados pela Petrobras.

Eles se concentraram na porta de distribuidoras de combustível da Grande BH e, desde quinta, o movimento causou falta de combustível em alguns postos da capital e região, inclusive pressionando o preço da gasolina.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) avalia que, com a suspensão da greve, o abastecimento dos postos deve voltar ao normal em 24 horas. “As bases estão abertas e os caminhões já começam a ser abastecidos normalmente”, diz, por meio de nota.

Procurado pela reportagem, o governo de Minas não respondeu se teria reunião com os manifestantes. Mas, como em outras greves, afirmou que o preço elevado dos combustíveis não é devido à alíquota do ICMS, que não sofreu mudanças nos últimos anos, e sim à política de preços praticada pela Petrobras.

 

Fonte: Jornal O Tempo / Jornal O Vigilante

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