Felipe e Rayane se conheceram por meio de amigos em comum. Estavam juntos há 18 meses. Ela conta que o rapaz sempre foi estressado, “inclusive com a família dele”. Mas que ele perdeu o controle.
Segundo a vítima, nesse momento, ele passou a atingi-la com socos e puxões de cabelo. Os golpes deixaram Rayane com hematomas. Segundo a PM, ela apresentava escoriações no pescoço, rosto e braços.

No boletim de ocorrência, a vítima contou à polícia que o rapaz a levou para a casa do irmão, em Belo Horizonte. Uma viagem de carro que dura, em média, duas horas. Segundo o relato dela, o objetivo do suspeito era “acobertar os fatos”. Porém, ele não teve o apoio esperado.
“O irmão não quis encobrir as agressões do autor Felipe e trouxe a vítima Rayane de volta para a cidade de Itabira, deixando-a sob os cuidados da mãe”, descreveu o documento policial.
“Até ontem, eu estava sem reação. Achando que estava em um pesadelo, que ia acordar e ficar tudo bem. Só que, toda hora que me vejo no espelho, me dá tanta vontade de chorar. A gente fica com medo do que vai acontecer depois, de como vai levar a vida depois. Quando você é dependente de alguém, quando você tem um relacionamento assim, você não consegue se imaginar sem a pessoa, mesmo batendo e xingando. É toxico e doentio”, disse Rayane.
Segundo a vítima, não foi a primeira vez que Felipe a agrediu. Ela contou que vinha de um relacionamento com diversos abusos psicológicos e ameaças. No dia 27 de setembro, houve a primeira agressão física e ela acreditou que isso não aconteceria novamente.
“Eu queria justiça, né? Minha ideia de postar foi ao menos, primeiro, para mostrar que nem tudo o que a gente vê nas redes sociais é verdade. Porque a gente era o casal perfeito nas redes sociais, mas todo mundo ficou em choque. Todo mundo achava que ele era um príncipe. Ele era um príncipe com os de fora”, desabafou.
A reportagem entrou em contato com Felipe Gustavo Avelar por telefone. Ele disse que foi aconselhado pelo advogado a não se pronunciar.
Fonte: G-1 Minas