'Carnaval desorganizado é mais arriscado do que o carnaval organizado', diz secretário de Saúde de Minas Gerais
22/11/2021 14:34 em REGIÃO

 

O secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, disse em entrevista ao vivo ao Bom Dia Minas desta segunda-feira (22) que um "carnaval desorganizado é mais arriscado do que o carnaval organizado".

Segundo Baccheretti, até o final de fevereiro, mais de 90% da população de Minas Gerais estará vacinada com as duas doses contra a Covid-19. O carnaval de 2022 vai acontecer entre o fim de fevereiro e o início de março.

"Vamos lembrar que, com essa redução para 21 dias de prazo de vacina da Pfizer, usada como primeira dose nos últimos meses, além do reforço para toda a população adulta, no final de fevereiro teremos mais de 90% da população vacinada com as duas doses, e quase todo adulto com seu reforço, além das crianças de 5 a 11 anos, que devem ser incluídas nas próximas semanas também. Acredito que a gente tem que dar essa previsibilidade para que os prefeitos organizem o carnaval, porque o carnaval desorganizado é mais arriscado do que o carnaval organizado", disse o secretário.

Na última sexta-feira (19), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, em entrevista coletiva, que o município não vai "patrocinar" o carnaval da capital. Tradicionalmente, a prefeitura recebe dinheiro de empresas que, através de editais, é distribuído antes do evento. "Eu não quero dar sopa para o azar”, disse Kalil.

Baccheretti destacou a importância do carnaval para a economia de municípios mineiros. Segundo ele, a expectativa da Secretaria de Estado de Saúde é dar previsibilidade às prefeituras, por meio da atualização do protocolo de eventos, para o planejamento seguro da festa.

 

"Se a gente não der essa orientação, o carnaval vai acontecer de forma desorganizada com maior risco para a população. Que seja o número máximo de pessoas dentro de cada bloco, que seja obrigação de testagem ou cartão de vacina... O carnaval vai acontecer, a gente não pode também fechar os olhos, as festas estão acontecendo, os eventos estão acontecendo, então, em fevereiro, o carnaval irá", afirmou.

 

Com relação à flexibilização do uso de máscara, o secretário disse que é mais conservador neste tema e que a pasta analisa dois critérios técnicos: cobertura vacinal e circulação do vírus.

Segunda dose da Janssen

 

Com relação à segunda dose da Janssen ou o reforço com a Janssen, Baccheretti falou que ainda não há uma nota técnica do Ministério da Saúde e que o estado está aguardando por essa definição, que deve ser nesta semana.

Na última semana, o secretário afirmou que, caso seja realmente necessária a segunda dose para pessoas que tomaram a vacina da Janssen, ela terá que ser feita com o imunizante do mesmo laboratório. Já o reforço, cinco meses depois, deve ser feito com a vacina da Pfizer.

Baccheretti disse ainda que os 853 municípios mineiros têm o quantitativo suficiente para realizar a vacinação da dose de reforço e que 1 milhão de pessoas estão aptas a tomá-la. Ressaltou também que esse reforço para os idosos é fundamental para que os óbitos não aumentem.

 

Fonte: G-1 Minas

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