O piloto era casado e, além da mulher, deixa uma filha e uma neta, de 3 anos. Conhecido como Digú, Rodrigo era natural de Betim, mas havia se mudado para a região do Lago de Furnas cerca de quatro anos atrás por causa do trabalho.
Verônica conta que, sempre que o serviço dava uma folga, o tio viajava para visitar a família, que mora na região do Citrolândia.
Torcedor do Atlético-MG, Rodrigo nasceu em uma casa de quatro irmãos, todos com nomes iniciados com a letra R. Nas redes sociais, fotos demonstravam o amor do piloto pela família e também o gosto pela pescaria.
“Família, pesca e a neta, essas eram as três paixões dele”, diz a jovem.
Rodrigo estava no comando da lancha "Jesus", onde estavam as dez pessoas que perderam a vida no acidente. Logo que as primeiras imagens do queda do paredão começaram a circular na internet, Verônica não imaginava que o tio estaria entre as vítimas.
“Liguei para minha tia e ela disse que ele não atendia”, relembra. Horas depois veio a informação de que ele não havia escapado.
Verônica conta que a avó gostaria que o enterro do corpo de Rodrigo fosse realizado no cemitério do bairro Colônia Santa Izabel, onde também foi sepultado o pai da jovem quatro anos atrás. Entretanto, a região é uma das afetadas pelas chuvas na Grande BH e ficou alagada. Por isso, o enterro será realizado nesta terça-feira (11) no cemitério do Citrolândia.
“Minha avó está em Santa Luzia desde ontem à noite por causa de alagamento. A gente vai dando forças para ela porque não está fácil”, afirma.
Fonte: G-1 Minas