'Ele se foi fazendo o que amava', diz sobrinha de piloto de lancha morto em queda de paredão em Capitólio
10/01/2022 14:46 em REGIÃO

 

Nascido na Região Metropolitana de Belo Horizonte, muito ligado à família e sempre perto da água. Assim era o piloto Rodrigo Alves dos Anjos, de 40 anos, nona vítima identificada da queda do paredão em Capitólio (MG).

confirmação da identidade foi feita pela Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (10), dois dias após o acidente. Por volta de 13h, todas as dez vítimas já tinham sido identificadas.

 

“Ele se foi num local que amava muito. Ele se foi fazendo o que amava”, disse a sobrinha do piloto, a técnica de enfermagem Verônica Militão, de 18 anos.

O piloto era casado e, além da mulher, deixa uma filha e uma neta, de 3 anos. Conhecido como Digú, Rodrigo era natural de Betim, mas havia se mudado para a região do Lago de Furnas cerca de quatro anos atrás por causa do trabalho.

Verônica conta que, sempre que o serviço dava uma folga, o tio viajava para visitar a família, que mora na região do Citrolândia.

 

Torcedor do Atlético-MG, Rodrigo nasceu em uma casa de quatro irmãos, todos com nomes iniciados com a letra R. Nas redes sociais, fotos demonstravam o amor do piloto pela família e também o gosto pela pescaria.

 

“Família, pesca e a neta, essas eram as três paixões dele”, diz a jovem.

Rodrigo estava no comando da lancha "Jesus", onde estavam as dez pessoas que perderam a vida no acidente. Logo que as primeiras imagens do queda do paredão começaram a circular na internet, Verônica não imaginava que o tio estaria entre as vítimas.

 

“Liguei para minha tia e ela disse que ele não atendia”, relembra. Horas depois veio a informação de que ele não havia escapado.

Verônica conta que a avó gostaria que o enterro do corpo de Rodrigo fosse realizado no cemitério do bairro Colônia Santa Izabel, onde também foi sepultado o pai da jovem quatro anos atrás. Entretanto, a região é uma das afetadas pelas chuvas na Grande BH e ficou alagada. Por isso, o enterro será realizado nesta terça-feira (11) no cemitério do Citrolândia.

“Minha avó está em Santa Luzia desde ontem à noite por causa de alagamento. A gente vai dando forças para ela porque não está fácil”, afirma.

 

 

Fonte: G-1 Minas

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