Após pico de casos de Covid-19, mortes devem começar a cair em MG em 2 semanas: 'Pior já passou'
10/02/2022 13:42 em REGIÃO

 

Após passar pelo pico de casos de Covid-19, entre os dias 1º e 2 de fevereiroMinas Gerais deve começar a registrar queda no número de óbitos causados pela doença daqui a duas semanas.

A informação é do secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, que concedeu coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10).

 

"Estão caindo os casos, começando a cair pacientes aguardando internação e, daqui a duas semanas, começa a cair óbito, é algo natural de qualquer onda que nós vivenciamos na pandemia. Os óbitos continuarão crescendo (nos próximos dias), relacionados a internações de duas semanas atrás, que foi quando observamos o maior número de pacientes internados", afirmou Baccheretti.

Segundo o secretário, a expectativa é que, até o final de fevereiro, a atual onda de Covid-19 tenha passado no estado.

A partir do que tem sido observado em outros países, a previsão é que a doença se torne sazonal, com aumentos pontuais de casos, como a gripe, durante o outono e o inverno.

Conforme Baccheretti, embora seja cedo para falar em endemia da Covid-19, "o pior já passou".

 

"O ponto mais importante é que viver (de novo) o que vivenciamos no ano passado ou agora em janeiro é muito pouco provável, o pior já passou em relação a internações e óbitos no ano passado, e o pior já passou em relação ao número de pessoas que pegaram a doença, como vivenciamos agora em janeiro", disse.

 

Quarta dose para idosos

 

 

De acordo com Baccheretti, há expectativa de aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em idosos. Atualmente, imunossuprimidos já estão sendo vacinados com quatro doses.

Na próxima semana, uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) deve tratar do assunto.

 

"Há uma expectativa, sim, de incluirmos especialmente os idosos acima de 60 anos com a quarta dose. Mas, antes do segundo reforço, ainda temos muita gente que não tomou a terceira dose. Nossa maior preocupação hoje é garantir o primeiro reforço da população adulta, só temos cerca de 30% da população com a terceira dose, e mais de 50% já poderia ter tomado", afirmou o secretário.

 

Segundo ele, atualmente, 2,4 milhões de mineiros ainda não tomaram nem a segunda dose da vacina.

"A gente percebe nos indicadores como o óbito é muito superior nos grupos que não se vacinaram ou tomaram apenas uma dose, o quanto o reforço é importante em relação à doença grave (...) A gente precisa vacinar a população não vacinada para que vire de vez a página da pandemia no estado de Minas", falou Baccheretti.

 

A vacinação infantil acelerou em Minas Gerais na última semana, de acordo com o secretário, mas ainda está bem abaixo do esperado. O estado tem cerca de 1,2 milhão de doses disponíveis para crianças de 5 a 11 anos, mas cerca de 400 mil pequenos foram imunizados até o momento.

 

"É motivo de comemoração saber que 400 mil pessoas tiveram a consciência da importância da vacinação, 400 mil crianças estão protegidas com a primeira dose (...) A gente entende os receios (dos pais que ainda não levaram os filhos para vacinar), muitos relacionados a fake news, mas a vacina é segura e deve ser dada", disse o secretário.
Segundo ele, o estado vem trabalhando na conscientização dos pais e responsáveis sobre a importância da imunização das crianças, nas escolas estaduais, e incentivado os municípios a realizar busca ativa do público infantil.

Carnaval

 

 

A expectativa da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) é que, no carnaval, Minas Gerais esteja vivendo um bom momento em relação à pandemia, com poucos casos. No entanto, ainda é cedo para o relaxamento dos cuidados.

"A gente precisa ainda manter os cuidados no carnaval. O estado de Minas vai combater aglomerações não organizadas, fora do (protocolo de) evento seguro do estado, e a gente vai garantir uma segurança em relação a isso durante o carnaval", afirmou Baccheretti.

O secretário destacou que Minas Gerais ainda não está considerando o fim da obrigatoriedade do uso de máscara.

 

 

Fonte: G-1 Minas

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