Trabalhadores do HU-UFJF reivindicam reposição salarial e contratação de mais funcionários em Juiz de Fora
10/02/2022 13:47 em REGIÃO

 

Trabalhadores públicos concursados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e que atuam no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) realizaram um ato na manhã desta quinta-feira (10). O grupo pedia reposição salarial e contratação de mais funcionáriosA manifestação não afetou o atendimento nos locais.

Os funcionários se mobilizaram por volta das 8h na porta do HU-UFJF unidade Dom Bosco e às 10h na entrada do HU-UFJF Santa Catarina. O g1 entrou em contato com a Ebserh que informou que durante uma reunião realizada na quarta-feira (9) com representantes da categoria, foi apresentada uma nova proposta, com reajuste de 10,38% na tabela salarial para todos os empregados, a ser aplicado a partir de março deste ano, sem retroatividade. Veja a nota na íntegra mais abaixo.

 

Manifestação e reivindicações

 

 

Segundo o membro do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Minas Gerais (Sindsep-MG), Valdinei Ferreira, os profissionais não recebem aumento há cerca de 3 anos e por causa da pandemia de Covid-19, muitos estão afastados da função, o que gerou sobrecarga.

De acordo com a categoria, na quarta-feira (9), um dia antes da mobilização, a direção da Ebserh convocou representantes para uma reunião, no entanto, a pauta do encontro não foi abordada.

Em uma carta emitida aos trabalhadores, são relatadas situações como falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos e número de testes para detecção da Covid-19 e de vacinas insuficientes.

"Neste momento, estamos ainda mais pressionados pelo aumento de casos da variante ômicron e o recente surto de influenza, com jornadas cada vez mais extenuantes e arriscadas. Dificuldades do dia a dia, como pressão das escalas, número reduzido de profissionais nas áreas médica, assistencial e administrativa, e a falta das condições adequadas, só aumentam nossa insegurança no atual cenário", citou o documento.

Veja alguns pontos abordados pelos trabalhadores:

 

  • negociação do Acordo Coletivo 2020/2021 travada no TST;
  • negociação do Acordo Coletivo 2021/2022 não foi sequer iniciada e o mesmo venceu em 1º de março de 2021;
  • 1º de março de 2022 também vencerá o acordo 2022/2023.

Nota da Ebserh

 

 

"Nessa quarta-feira, 9, representantes da Ebserh reuniram-se com a Comissão de Negociação dos empregados e retomaram as tratativas para a construção do Acordo Coletivo de Trabalho. Foi apresentada uma nova proposta, com reajuste de 10,38% na tabela salarial para todos os empregados, a ser aplicado a partir de março deste ano, sem retroatividade. A Ebserh também propõe mudança da base de cálculo do adicional de insalubridade do salário-base para o salário mínimo a partir de março deste ano, com a implementação de uma Parcela Fixa de Natureza Indenizatória (PFNI), não reajustável. Isso evitará perdas para os empregados afetados pela mudança, ou seja, aqueles admitidos até 31 de julho de 2019. A estatal agora aguarda retorno da categoria sobre a proposta. Para exemplificar a mudança, um empregado que recebe R$ 10 mil e tem 40% de insalubridade sobre o salário-base, ou seja, R$ 4 mil, passaria a ter um percentual de 40% de insalubridade sobre o salário mínimo, ou seja R$ 484,80, mais R$ 3.515,20 de Parcela Fixa de Natureza Indenizatória não reajustável, totalizando os mesmo R$ 4 mil recebidos anteriormente. Além disso, ele fará jus ao reajuste de 10,38% sobre o salário base, como todos os demais empregados. O reajuste e a PFNI previstos na proposta só poderão ser implementados mediante aceitação da mudança da base de cálculo do adicional de insalubridade do salário-base para o salário mínimo, pois se trata de contrapartida à mudança da base de cálculo do adicional de insalubridade. De acordo com o diretor de Gestão de Pessoas da Rede Ebserh, Rodrigo Barbosa, a proposta é fruto de muito esforço da gestão da Ebserh, sendo possível devido ao fim da vigência da Lei Complementar nº 173/2020, que vedava a concessão de qualquer título, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração até o dia 31 de dezembro de 2021. “Por conta da vigência da Lei Complementar nº 173/2020 nos anos anteriores, não podemos oferecer retroativo aos empregados. Sobre a insalubridade, reiteramos a importância do momento de negociação, que ainda permite oferecer alguma medida de compensação para os empregados com a mudança proposta, antes que nos seja imposta eventual determinação judicial ou por órgão de controle. Estamos abertos ao diálogo e confiantes em um acordo”, afirmou Barbosa. As negociações haviam sido suspensas em comum acordo após audiência de conciliação com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), designada pela ministra Delaíde Miranda, no dia 29 de junho do ano passado, em razão do contexto imposto pela pandemia de covid-19".

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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