Em toda a carreira, a coronel teve casos marcantes. Em um deles, ela se lembra de quando ficou refém dentro de uma penitenciária de segurança máxima de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, durante uma rebelião.
Por quase dez horas, ela e outros militares ficaram em poder dos criminosos. Luciene era casada na época e foi liberada depois que o então marido, um capitão da Polícia Militar, ficou no lugar dela. Ele foi liberado pelos bandidos 14 dias depois.
"Em uma outra situação, estava de folga, fui buscar minha filha na escola e, ao retornar, o trânsito estava impedido na avenida dos Andradas. Quando cheguei em casa fui ver que era uma moça tentando pular do viaduto e não deixa ninguém se aproximar. Fui lá com a roupa que estava, policiais e o Corpo de Bombeiros já estavam no local. Cheguei e conversei para que ela não pulasse", disse.
Durante toda a conversa com o g1 Minas, a coronel Luciene se emocionou, riu ao lembrar de fatos da trajetória. Ela, que tem 59 anos e saiu da ativa da polícia em 2011, fala com orgulho da corporação.
"A gente lida com vidas. Ser pioneira é ser exemplo, se você não der certo vai atrasar a oportunidade de outra pessoa. Em nenhum outro lugar eu seria tão realizada profissionalmente como na Polícia Militar", finalizou.
Fonte: G-1 Minas