Os servidores das redes municipal e estadual de educação de Minas anunciaram nesta quarta-feira (16) que vão continuar em greve. Durante o dia, os trabalhadores do Estado se reuniram na Praça da Assembleia, na região Centro-Sul de BH, para votarem pela manutenção da paralisação, que ocorre desde 9 de março. Já os da rede municipal se encontraram na Praça da Estação, no Centro da capital.
Os servidores da rede estadual pedem a adequação dos salários ao piso da categoria. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a proposta de 10,06% feita pelo governador Romeu Zema (Novo) é insuficiente.
O trabalhadores do ensino em BH reivindicam a recomposição salarial de acordo com o Piso Nacional da Educação. Conforme o Sind-Rede, a proposta feita pela Prefeitura de reajuste de 11%, pagas em duas parcelas, sendo 5% em agosto de 2022 e 6,77% em janeiro de 2023, é insuficiente para garantir o valor do piso.
Após as assembleias, os servidores municipais e estaduais se encontraram na porta da PBH em ato unificado pelo piso e pela recomposição salarial.
Em nota, a Prefeitura informa que "não mediu esforços para ofertar a recomposição inflacionária a todo o funcionalismo e para atender a demandas específicas e históricas". "Ressaltamos no caso específico da Educação, os ganhos em 2022 de acordo com a proposta da Prefeitura de Belo Horizonte: infantil com reajuste + 2 níveis (quem tem nível superior) = 23,23%; Fundamental com reajuste + 1 nível = 17,36%", afirma o Executivo municipal.
A PBh diz ainda que eventuais reposições da carga horária serão negociadas após o retorno do servidor às atividades.
A reportagem procurou o Governo de Minas quanto à decisão dos sindicatos, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.
Nas escolas
Apesar da greve e da manifestação, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) afirma que cerca de 94% das escolas públicas mineiras tiveram funcionamento normal ou parcial nesta quarta (16).
O Sind-UTE foi questionado sobre a adesão da categoria à paralisação e sobre a existência de um esquema de rodízio para manter as escolas funcionando, mas não respondeu.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, das 323 escolas da rede municipal, apenas 12% não funcionaram nesta quarta-feira (16). "Nas demais houve aula normal ou adesão parcial de professores. Em 2021, o retorno das aulas presenciais teve início em maio e, em 2022, o ano letivo começou no dia 3 de fevereiro", diz a secretaria, em nota.
Confira a íntegra da nota da Prefeitura: