O descarte de aparelhos eletrônicos, como tvs, celulares, computadores, etc., é um problema na maioria das cidades brasileiras. Na noite do sábado, dia 26 de março, dois televisores inúteis foram descartados na porta de uma tradicional oficina de consertos de tv localizada na Rua Francisco Andrade Bastos, região central de Leopoldina.

A Oficina do Tuil funciona no local há 33 anos e seu proprietário, Vantuir Luiz de Lima, ao chegar para trabalhar no sábado se deparou com os equipamentos na porta de seu estabelecimento. Ele fotografou e encaminhou as imagens ao Jornal O Vigilante Online. “Estes aparelhos de tv foram descartados na porta da minha loja. É um absurdo”, protestou Vantuir, com o objetivo de mostrar o fato ao público e solicitar que as pessoas não façam esse tipo de descarte irregular.

Segundo explicou Tuil, aparentemente uma pedra foi utilizada por alguém com a intenção de quebrar os aparelhos e pegar componentes ou materiais destas tvs para depois vender ou mesmo por vandalismo, sujando a frente da loja.

“Eu gostaria de orientar as pessoas para que façam o descarte destes equipamentos da maneira correta”, disse Tuil. Ele justificou seu pedido para que esse tipo de descarte de resíduo não afete o meio ambiente e não prejudique as pessoas.

Tecnicamente, o lixo eletrônico recebe o nome de “resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos” (REEE). Compostos por grandes quantidades de plástico, metais e vidros, matérias-primas que demoram bastante tempo para se decompor na natureza, estes equipamentos também possuem diversos contaminantes nocivos ao meio ambiente, principalmente ao solo e aos lençóis freáticos e à saúde humana.

Algumas substâncias podem causar danos ao homem, dentre elas o alumínio, arsênio, cádmio, chumbo, níquel, cobalto, vanádio e cobre, todas cancerígenas para as pessoas. Além disso, o descarte irregular impossibilita a reciclagem do material.

Na tarde dessa segunda (28) a Redação entrou em contato com a administração municipal de Leopoldina para saber se a Prefeitura já disponibiliza algum local para que a população destine, de maneira adequada o seu lixo eletrônico (pilhas, baterias, computadores, tvs, celulares, etc.) para evitar contaminação do meio ambiente e possibilitar seu reaproveitamento (reciclagem). O Jornal também perguntou à assessoria de imprensa da PML se algum ponto para depósito de entulhos de construção já foi criado ou disponibilizado pela prefeitura.

Em resposta, a Prefeitura enviou a seguinte Nota ao Jornal O Vigilante: “O Departamento de Meio ambiente informa que desde o início da gestão tem debatido pautas relacionadas ao setor. Ciente do problema ambiental causado por conta do descarte incorreto de materiais, dentre eles o lixo eletroeletrônico, a Prefeitura de Leopoldina vem discutindo formas de recolhimento e destinação correta deste tipo de material. Com relação à criação de um ponto de recolhimento e destinação de resíduos de materiais de construção e entulho, o setor de Meio Ambiente está realizando estudos para a implantação.”

O Vigilante Online