Os vereadores da Câmara Municipal de Cataguases, aprovaram na noite desta terça-feira (16), por unanimidade, com a ausência dos vereadores Amaral e Michelângelo (que saiu antes da votação), uma moção de repúdio ao prefeito de Leopoldina, Dr. José Roberto de Oliveira por ter se referido a Cataguases de forma pejorativa.
A proposta de moção de repúdio, partiu do vereador Luiz Carlos da Silva Sodré (Russo) e foi assinada por outros 10 vereadores "por ter na data de 06/02/2016, manifestado em programa de rádio do Município de Leopoldina de forma pejorativa com relação ao Município de Cataguases, em total desrespeito e quebra de decoro à liturgia do cargo que ocupa, além de relacionar uma questão social isolada à realização das festas de Carnaval, não se importando com as dores de cidadãos familiares do jovem falecido em entrevista amplamente divulgada escrita e em áudio, no site Mídia Mineira, na data de 13 de fevereiro de 2016", diz o texto.
O vereador Serafim Spíndola, após ler a matéria do Site Mídia Mineira disse que não compete ao prefeito de uma cidade vizinha falar do Executivo de Cataguases. "Não é porque o nosso prefeito é um péssimo administrador e não tem conseguido nada que nós na qualidade de vereador podemos permitir que um chefe de Executivo de uma cidade vizinha, tripudie em cima de sua incompetência. todos nós sabemos de suas limitações e da incompetência do nosso chefe do Executivo. Nós podemos falar, nós podemos gritar, nós podemos xingar, nós podemos apontar o dedo, agora, não compete a ele como chefe do Executivo de outra cidade, fazer esse tipo de declaração tão depreciativa. eu me senti, quando ele comparou Cataguases a Argentina, se referindo ao calote a vários fornecedores, ao atraso de pagamento, eu me senti humilhado na condição de cataguasense" disse o vereador.
Russo, autor do pedido, também fez um discurso bastante veemente, acusando o prefeito de não cuidar de Leopoldina e vir criticar o governo de Cataguases. "Ele deixar a Aurora Textil fechar e perder vários empregos, porque ele não fala isso? " disse.
O Vereador Fernando Pacheco, ressaltou que não é a primeira vez que isso acontece pois o presidente do Legislativo de lá já teria feito o mesmo comentário e propôs que os vereadores fossem em comitiva a Câmara Municipal de Leopoldina para falar sobre o assunto. O vereador reforçou que o prefeito de Leopoldina deveria pedir desculpas ao Município de Cataguases. "Eu dou valor a princípios morais, não dou valor só a voto não, tem coisa muito mais importante do que voto, do que status e poder e ele pra mim faltou com a cidadania, uma autoridade não pode dar um exemplo desse para seus concidadãos. Eu fico possesso quando mexem em nosso seio sagrado, que é nossa cidade, nosso quinhão, nosso território, nosso chão e eu vou brigar sim, no bom sentido, para dizer para essas pessoas que criticam a nossa cidade, o nosso berço, que eles hão de respeitar Cataguases".
Maurício Rufino, disse que ele não foi apenas infeliz ou fora de contexto, mas ultrapassado.
O único que defendeu o prefeito José Roberto, foi o vereador Michelângelo Correa, que disse não ter visto maldade na fala do prefeito e que ele estaria se referindo a rivalidade e não de forma pejorativa e se mostrou surpreso com a dimensão que o assunto ganhou. O vereador elogiou o prefeito e seu filho como profissionais que trabalharam em postos de saúdes em Cataguases.
Aritana se referiu a José Roberto, dizendo que ele seria um péssimo prefeito.
O vereador Walmir Linhares também reforçou as falas dos outros vereadores e disse que os vereadores não poderiam aceitar essa fala. "O que a gente espera neste momento é um posicionamento do Chefe do Executivo de Cataguases, para que dê uma resposta a altura a esse político que usou de um programa de rádio par atacar o nosso povo", disse o vereador.
Por fim, Geraldo Majella, destacou que a moção não era contra a pessoa e sim ao chefe do Executivo que de forma descabida usou palavras que não condizem com o cargo. "Ou ele não conhece nada de Cataguases ou ele pensa exatamente ao contrário e por isso quer denegrir".
Fonte: Mídia Mineira