"Como nós vamos recriar essa melhora de vida para as pessoas que todos nós prometemos? Eu posso contar para vocês uma coisa: não haverá teto de gastos no nosso governo", disse o petista.
Segundo ele, derrubar o teto não tem a ver com "gastar para endividar o futuro da nação", mas para investir em produção de "ativos rentáveis, e a educação é um ativo rentável".
O teto de gastos foi criado no governo de Michel Temer (MDB), após o impeachment de Dilma Rousseff. Por meio da regra, o país não pode aumentar gastos e investimentos públicos da União pelo período de 20 anos - válido a partir de 2017.
Com o teto de gastos, o valor do orçamento só pode variar de um ano para o outro corrigido pela inflação do período. A medida faz com que as despesas do governo não tenham crescimento real.
"Quem vai derrubar o gasto com relação ao PIB é o crescimento econômico, não é o corte orçamentário. Faça a economia crescer que você vai derrubar a diferença", afirmou Lula.
Em sua fala, o ex-presidente citou números de 2003, quando ele assumiu a Presidência no primeiro mandato e que tudo era visto como "gasto". E brincou, ao dizer que "queria que o Corinthians comprasse o Messi quando ele estava bom de bola. E o cara dizia: 'não tenho dinheiro'"
"Pois bem, tudo falta dinheiro. Então é preciso que você utilize a criatividade, é preciso que você utilize as razões que te obrigue a gastar ou não o dinheiro, a fazer ou não o investimento", disse o petista. Para Lula, a palavra "gasto" não deve ser empregada para educação pelo retorno potencial do valor investido.
Fonte: G-1 Zona da Mata