Leopoldina está em estado de alerta devido ao surto de Dengue, além dos riscos da Chikungunya e Zika Vírus, doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti. Os reflexos da epidemia são sentidos no Pronto-Socorro Municipal, anexo à Casa de Caridade Leopoldinense, onde pacientes tem reclamado das condições de atendimento.
Uma leitora enviou fotos de um dos ambientes do Pronto-Socorro Municipal de Leopoldina à Redação de O VIGILANTE ONLINE. Ela relatou que estava acompanhando uma senhora e que a colocou numa cama sem lençol. Segundo a leitora, que solicitou não ser identificada na matéria, elas teriam chegado no PSM por volta das 13h00 e saíram somente às 21h10. “Junto conosco saíram pacientes que estavam lá desde as 09h00 da manhã“, comentou.
A reportagem entrou em contato com o administrador hospitalar da Casa de Caridade Leopoldinense, Wolney Aguilar Silva, apresentando-lhe as reclamações. “Quanto ao fato em questão, apuramos junto aos funcionários e tivemos a seguinte observação: a paciente estava recebendo medicação na cadeira, e ao ver a cama que estava sem paciente acabou por deitar, devido ao cansaço da DENGUE, pois não é de nosso costume acomodar pacientes em colchões sem lençóis“. Segundo o administrador, “o Ministério da Saúde nos forneceu 12 cadeiras para hidratação, que são fornecidas aos pacientes que estão em situação melhor, ficando os leitos para os mais idosos e mais sofridos. Mesmo com as cadeiras para hidratação, ainda não temos suporte para atender a todos os pacientes que nos procuram. Atendemos em média 130 pacientes dia no pronto-socorro, e já com a DENGUE aumentamos para 180 pacientes dia, e com os PSFs ainda sem funcionar na totalidade, e não termos talvez uma barraca militar, ou que essa hidratação possa ser realizada em outro setor de saúde, os pacientes acabam recorrendo ao Pronto-Socorro, que diga-se de passagem não é o lugar certo para procurar, a não ser quando está em estágio mais avançado“.
Wolney Aguilar concluiu afirmando: “Acreditamos poder estar servindo a todos que nos procuram, mas com os atendimentos aos pacientes mais graves como acidentados, infartados, avc e outros, fica o paciente da DENGUE na espera talvez mais demorada, mas não deixamos de atender a ninguém“. Ele revelou que com a situação, o hospital está trabalhando na capacidade máxima, sem ter vagas para nenhum paciente mais, inclusive desestruturando todos os funcionários, com desgaste fora do normal, podendo comprometer o trabalho. Para Wolney Aguilar um local específico para hidratação destes pacientes da DENGUE poderia ser criado. “Assim o atendimento poderia ser melhor realizado“, destacou o administrador hospitalar.
Informações: O VIGILANTE ONLINE.