Emater dá dicas na hora de comprar peixes no período da Quaresma
LEOPOLDINA
Publicado em 12/04/2017

 

O mercado de venda de peixes em Minas Gerais está aquecido por causa da Quaresma. Este é o período em que os mineiros mais consomem pescados, graças à tradição cristã iniciada há séculos.  De acordo com a Emater-MG , o consumo de peixe no estado durante a Quaresma cresce em torno de 20% e, na Semana Santa, ele chega a dobrar em relação a outras épocas do ano.

De olho no aumento da demanda, peixarias e supermercados reforçam os estoques e anunciam promoções. A Emater-MG alerta que o consumidor deve ficar atento na hora de escolher o peixe que irá levar para casa.  O primeiro ponto a ser observado é a refrigeração.

“No caso dos locais que vendem peixe fresco, o produto deve estar coberto por uma camada espessa de gelo. Indicamos que na hora de fazer a compra no supermercado, ele deve ser o último item da lista, para não ficar muito tempo fora do ambiente refrigerado”, explica a assessora técnica de Pesca, Piscicultura e Meio Ambiente da Emater-MG, Vanessa Gaudereto.

Ela também comenta que o peixe deve estar com olhos brilhantes, salientes, sem manchas brancas ao centro. Além disso, o olho do pescado deve ocupar toda a cavidade ocular. As brânquias devem ser da cor rosa ao vermelho intenso, úmidas e brilhantes. Já as escamas, precisam estar bem aderidas ao corpo, brilhantes e sem manchas.

“Se tiver a oportunidade, o consumidor deve solicitar ao atendente que aperte a carne do pescado com o dedo. Se a marca do dedo não desaparecer em pouco tempo, escolha outro peixe, pois possivelmente este não está fresco”, diz a assessora.

No caso do peixe salgado e seco, conhecido no Brasil como bacalhau, a dica é verificar se ele não está amolecido, sem manchas escuras ou avermelhadas. O local de venda deve ser bem limpo, protegido, sem a possibilidade contato dos clientes, que não devem tocar no produto para evitar contaminação. 

Congelados

No caso dos peixes congelados, a dica é ficar de olho na embalagem. “O primeiro ponto é verificar se ele possui selo de inspeção federal ou estadual. A temperatura de refrigeração também está indicada na embalagem e deve ser seguida pelo estabelecimento. Outro ponto importante é a ausência de líquidos na embalagem. Se houver, indica que o peixe já foi descongelado e congelado novamente”, explica a assessora da Emater-MG.

De acordo com Vanessa Gaudereto, o consumidor também deve sempre estar atento ao cheiro do pescado. “Cheiro muito forte não é um bom sinal. A carne do pescado é muito perecível, por isso pode estragar mais rápido que as outras, além de ser um ótimo alvo para micróbios, que podem se multiplicar rapidamente em temperaturas de entre 5ºC até 65ºC”, diz.

Para o descongelamento do peixe, a melhor forma é sob refrigeração, ou seja, colocando o pescado numa bacia, dentro da geladeira, de um dia para o outro, e sem retirar ou abrir a embalagem original. 

“Se não houver muito tempo, o descongelamento em água também é viável, mas com alguns cuidados. O peixe deve ser imerso em uma vasilha com água, devidamente embalado, para não entrar água. De preferência a bacia deve ficar dentro da geladeira, principalmente se a temperatura ambiente estiver muito elevada”, afirma a assessora da Emater-MG.

Para quem tiver ainda mais pressa, a utilização do micro-ondas também pode ser uma opção, mas pode ser que o peixe acabe cozinhando, antes mesmo do descongelamento total. Assim ele perde sua estrutura e alguns nutrientes com o aquecimento inadequado.

Piscicultura em Minas Gerais

Minas Gerais conta com 4653 piscicultores. A maioria é formada por produtores familiares.  A espécie mais produzida no estado é tilápia. A Emater-MG desenvolve uma série de trabalhos com piscicultores do Estado. As ações da empresa consistem em auxiliar na organização da cadeia produtiva, no manejo sustentável da atividade econômica e dos campos da produção.

A empresa também presta assistência no acesso ao crédito e às demais políticas públicas e parcerias privadas que garantam o crescimento e desenvolvimento da atividade em nosso Estado.

Fonte: Jornal Leopoldinense

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