Zema diz que privatização de Cemig e Copasa é ‘solução’: ‘o estado é burocrático’
Publicado em 03/08/2023 04:17
REGIÃO

 

O governador Romeu Zema defendeu a privatização da Cemig e da Copasa nesta quarta-feira (02), em entrevista durante o lançamento das novas escolas do Sesi em Minas Gerais. Segundo ele, a iniciativa privada pode ser a solução para que as estatais mineiras consigam vencer a burocracia.

Durante a entrevista, Zema afirmou que as duas companhias mineiras são “casos semelhantes”. Ele voltou a falar que a energia gerada pela Cemig não é suficiente para o estado e citou o caso de um empreendedor do interior de Minas como exemplo.

“Eu visitei um proprietário rural no Alto Paranaíba e ele me mostrou um gerador a diesel que ele usa para tocar o maquinário. É isso que faz Minas desenvolver?”

Na sequência, o governador falou sobre a burocracia do Poder Público e defendeu a privatização de estatais mineiras como “solução”.

“Cemig e Copasa passam por lei de licitações, aí tem construtora que judicializa e a obra fica parada por seis meses. A solução é termos isso na mão de quem não enfrenta obstáculos e tem recursos. O estado não tem recursos, é burocrático, precisa de licitação para tudo.”

Na mesma entrevista, Zema foi questionado em relação às reclamações contra a Copasa que foram expostas em uma série de reportagens especiais da Itatiaia. O aumento nas contas chegou a quase 3.000% em três mesesSaiba mais.

Zema critica a Cemig

Na última terça (1º), o governador criticou a Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) durante uma cerimônia na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em Belo Horizonte. Segundo Zema, a energia fornecida pela companhia não é suficiente para o agronegócio.

“A energia que temos hoje é para ligar o chuveiro e a televisão. Se quiser ligar uma bomba, não vai conseguir irrigar a propriedade. Precisa ter energia elétrica”, disse Zema.

Zema comemorou a criação de um canal exclusivo para reclamações a respeito dos serviços da Cemig, mas disse que a companhia enfrenta dificuldades para avançar por conta do sucateamento da empresa.

“Com o tempo, temos sanado esse problema (sobre energia no campo). A Cemig está conduzindo o maior programa de investimentos da história da empresa: mais de R$ 40 bilhões. Mas você não consegue pegar uma estrutura sucateada, em um estado do nosso tamanho, e recuperar em um ou dois anos. É um trabalho que vai levar alguns anos, mas que já foi iniciado.”

Fonte: Rádio Itatiaia

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