MP recomenda suspensão de show de Dilsinho em Ouro Preto por risco de incêndio
REGIÃO
Publicado em 05/09/2023

 

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendaram a suspensão da realização do evento "Diferentão 2", do cantor Dilsinho, agendado para o próximo dia 10, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. Os órgãos alegam falta de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o risco de incêndio.

Para o MP, os organizadores e a prefeitura precisam seguir as orientações do Iphan para garantir a segurança do público e dos monumentos históricos da cidade.

O show vai acontecer na Praça Tiradentes.

O MP aponta elevado risco de incêndio no local e cita incidentes anteriores, como o caso envolvendo o Hotel Pilão, em 2003.

 

Enfatiza, ainda, "o risco de incêndios com alto poder destrutivo na cidade", considerando que as edificações são antigas, construídas com materiais inflamáveis e com fiações elétricas precárias.

O documento cita também o Festival de Inverno, em julho deste ano, em que houve indícios de que a sobrecarga de energia causada pelo evento provocou um curto-circuito no Museu da Inconfidência e colocou o patrimônio em risco.

A Prefeitura de Ouro Preto disse, em nota, que toda documentação "já foi enviada aos órgãos competentes, tendo obtido o aval do Corpo de Bombeiros, e está sendo adequada às solicitações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)".

Ela disse ainda que "trabalha em parceria com a produção do cantor Dilsinho para que o evento ocorra de forma segura".

Em nota, a assessoria do artista informou que "todas as autorizações para a realização da gravação foram solicitadas aos órgãos responsáveis dentro do prazo legal, faltando apenas o Iphan responder".

O MP ainda demonstra preocupação com o fato de se tratar de um evento que "atrai considerável número de turistas", o que pode acarretar em riscos como dificuldade de fuga rápida em caso de algum acidente, considerando as ruas estreitas e íngremes.

Cita como possíveis riscos, ainda, a trepidação de parte de imóveis antigos, por causa das ondas sonoras, a alta produção de lixo e "atos de vandalismo decorrentes do consumo excessivo de bebidas alcóolicas".

 

O órgão ainda notificou também o Estado de Minas Gerais, para que haja, de forma permanente, recursos para renovação da infraestrutura de combate ao fogo na cidade, por meio da melhoria dos equipamentos e ampliação do contingente do Corpo de Bombeiros.

 

Fonte: G-1 MG

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