Do total de pacientes, 1.178 têm mais de 60 anos. Outros 384 são crianças de até 9 anos. O balanço é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Além dessas faixas etárias, o alerta para reforçar a hidratação vale especialmente para o público mais vulnerável, como pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos e gestantes.
Nesse período, a população deve tomar cuidados com a saúde, priorizando a hidratação do corpo e a umidificação de ambientes, para evitar a desidratação e a incidência maior de doenças respiratórias, além de dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele.
A referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade da SES-MG, Carolina Guimarães, reforça a urgência. “É importante se atentar para a ingestão de água, evitando sua substituição por bebidas adocicadas, como refrigerantes, néctares, sucos artificiais e bebidas alcoólicas”, detalha.
Conforme a especialista, a ingestão insuficiente de água faz com que o corpo apresente sinais que vão bem além da sensação de sede e de boca seca. Dentre eles, urina escura, cansaço, pele ressecada e até prejuízo na função renal.
Em caso de transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia, é fundamental procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para atendimento.
“Para evitar um possível quadro de desidratação, em geral recomenda-se a ingestão média de dois litros de água por dia. No entanto, essa quantidade pode variar, dependendo da temperatura, atividades que a pessoa realiza e se estará exposta ao sol”, explica Carolina Guimarães.
De acordo com Daniela Dutra, também referência técnica da Diretoria de Promoção da Saúde e Políticas de Equidade, outro fator a ser considerado na avaliação da quantidade e da frequência de ingestão diária de líquidos é a faixa etária. No caso dos idosos, por exemplo, recomenda-se uma frequência maior.
“Isso porque, com o avanço da idade, ocorre a redução da sensação de sede, bem como da percepção do calor, além do aumento da perda de líquidos pelo organismo, fazendo com que a desidratação nesse público aconteça de forma mais rápida”, salienta.
Em relação às crianças, é importante que os responsáveis estimulem os filhos a tomarem água já que eles nem sempre sinalizam aos adultos quando sentem sede. “É muito importante se atentar para os primeiros sinais de sede e satisfazer de pronto a necessidade de água indicada pelo nosso organismo”, reforça ela.
Veja outras recomendações:
- Evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h;
- Utilizar roupas leves, bonés ou chapéus e protetor solar;
- Deixar as janelas abertas em casa e em veículos sem ar-condicionado;
- Manter ambientes úmidos com toalhas molhadas, umidificadores de ar ou mesmo baldes com água;
- Tomar banhos ligeiramente mornos, evitando a mudança brusca de temperatura.
Aliados para reforçar a hidratação
Daniela explica, ainda, que frutas e verduras contêm grande potencial complementar na hidratação. “Frutas como melancia, melão, acerola, laranja, mexerica e abacaxi possuem alta composição de água, além de vitaminas e minerais. Sucos e picolés feitos do suco natural de frutas também são uma boa alternativa”, orienta.
Ela ainda reforça que é preciso dar preferência a alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, legumes, hortaliças, cereais, leguminosas e carnes magras. “Especialmente nesses dias mais quentes, recomenda-se evitar alimentos e preparações gordurosas e buscar uma alimentação mais leve e saudável”, conclui a técnica.
Fonte: Hoje em Dia