Caso Rafaela Drumond: delegado investigado no caso da escrivã encontrada morta faz acordo com MP para pagar multa de R$ 2 mil
REGIÃO
Publicado em 28/11/2023

 

O delegado Itamar Cláudio Netto, investigado no caso da morte da escrivã Rafaela Drumond, pagará R$ 2 mil de multa em acordo firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) durante audiência de conciliação realizada na tarde desta segunda-feira (27).

 

A sessão foi realizada no Juizado Especial da Comarca de Carandaí, no Campo das Vertentes, e analisava o crime de condescendência criminosa cometido pelo delegado - quando uma autoridade pública se omite diante de uma infração penal cometida por um subordinado.

A imprensa não pôde participar da audiência, realizada a portas fechadas.

 

Conforme a decisão, assinada pela juíza Marié Verceses da Silva Maia, o valor da multa será revertido ao Centro de Convivência e Permanência para idosos de Carandaí.

 

Segundo o advogado do delegado, José Maria Fortes de Carvalho, ouvido pela TV Integração na saída da audiência, com o pagamento da multa, o caso será arquivado.

“Com relação ao artigo 128 do artigo penal, que seria em citação ao suicídio, que não ficou em momento algum comprovado nos autos. Posteriormente, as acusações quanto ao assédio sexual e assédio moral, também imputado ao delegado e ao inspetor, também não houve prova nenhuma, nenhum indício, nenhum indício nem fraco não teve. Então todas essas acusações foram arquivadas, nada comprovado, como de início os nossos clientes foram acusados”.

 

Já a família da escrivã disse que contratou novo perito para contestar a perícia realizada pela corregedoria da Polícia Civil e que também acionará o Governo de Minas. “No meu ponto de vista do pai, não foi uma perícia precisa, profissional. No ponto de vista de pai, entendeu, tendo em vista que ela foi completamente parcial ao inspetor e ao delegado”, disse Aldair Drumond.

 

Mais cedo, a Polícia Civil informou que, na esfera administrativa, uma sindicância ainda apura eventual responsabilidade disciplinar do delegado.

 

No fim de outubro, Justiça acatou o pedido do Ministério Público de Minas Gerais e arquivou o inquérito que apurava a conduta do investigador Celso Trindade de Andrade, entendendo que o caso teria ultrapassado o prazo previsto para entrada no processo – que é seis meses da data do fato em casos de crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria).

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

Comentários
Comentário enviado com sucesso!