Professor de instituto federal que foi detido por suspeita de induzir estudantes ao suicídio em MG é demitido
REGIÃO
Publicado em 03/01/2024

 

O professor Fabrício Júnior de Oliveira Avelino, que ocupava o cargo de professor no Campus Barbacena do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG), foi demitido.

A informação, assinada pelo reitor André Diniz de Oliveira, consta na publicação do Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2).

 

O docente de 48 anos chegou a ser detido em junho de 2022 e encaminhado até a sede da Polícia Federal em Juiz de Fora, por suspeita de indução ao suicídio contra estudantes da instituição.

Conforme a publicação no Diário Oficial, Fabrício Avelino foi demitido pela prática da infração capitulada no art. 132, V, da Lei nº 8.112/1990, relacionado à incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição.

 

g1 não conseguiu contato com o professor.

A assessoria do IF Sudeste informou que vai aguardar o trânsito em julgado da decisão administrativa para se posicionar oficialmente. Ainda segundo a instituição, o processo ainda está em prazo para Pedido de Reconsideração por parte do acusado, que é de 30 dias a partir da publicação da portaria.

 

Segundo registro policial, os estudantes teriam relatado que o professor teria os induzido ao suicídio dizendo que eles “não irão dar em nada” e que seria melhor “fazerem como a escrivã da Polícia Civil”, referindo-se à Rafaela Drumond, encontrada morta na casa dos pais após cometer suicídio.

Uma outra estudante, de 18 anos, relatou que o docente, por diversas vezes, teria a ofendido diretamente, “alegando que era melhor que ela fosse prostituta, do que iniciar uma graduação, devido a sua capacidade reduzida de aprendizagem”.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, vários alunos se sentiram fragilizados com a situação. Uma das alunas apresentou crises de ansiedade durante o ato, se retirando de sala em prantos.

Para a PM, o professor disse que em momento algum teve a intenção de induzir os alunos ao suicídio e que é "totalmente contra todo e qualquer ato que fomente ações dessa natureza".

 

Na versão apresentada por ele, houve um desencontro de opiniões durante a aula. Ainda segundo informações do Reds, "o docente chegou a avaliar que a situação poderia ter sido resolvida no âmbito do educandário, mas que não iria se defender acusando nenhum aluno e nem mesmo seria a favor de impedir a expressão dos reclamantes".

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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