'Bem arriscado', diz médico que tirou bala da cabeça de jovem que achou ter levado pedrada
REGIÃO
Publicado em 21/01/2024

 

"Foi arriscado, bem arriscado para o paciente". Esta foi a avaliação feita pelo neurocirurgião Flávio Falcometa, que operou Mateus Facio, de 21 anos, em Juiz de Fora.

 

 

estudante foi baleado na cabeça no dia 31 de dezembro, na Praia do Forte, em Cabo Frio. Ele achou ter sido atingido por uma pedrada e, embora tenha sentido o impacto do projétil, seguiu normalmente a programação do descanso na Região dos Lagos.

 

Naquele dia à noite, ele ainda passou o réveillon em Búzios, cidade vizinha a Cabo Frio. No dia 2 de janeiro, dirigiu mais de 300 km até a casa dele, na Zona da Mata mineira.

Só quatro dias depois, ao perceber que os braços e os dedos não estavam se mexendo normalmente, ele procurou um hospital. Lá, descobriu que precisaria ser operado para retirada da bala, até então desconhecida.

 

“A bala estava comprimindo o cérebro numa região que é próxima da região responsável pela mobilização do braço direito e isso estava irritando o cérebro, que reagiu com movimentos caracterizados como crises convulsivas”, explicou o neurocirurgião.

 

Durante duas horas, Mateus ficou no centro cirúrgico. Até a alta, foram dois dias no Centro de Treinamento Intensivo (CTI) e mais um de internação no quarto.

 
 

O médico avaliou a região onde o projétil se alojou e os riscos. “Ele estava numa área muito próxima do que a gente chama de área motora do cérebro, que é responsável pela movimentação. A bala poderia ter causado um dano bem mais grave, ficar com o braço ou metade do corpo paralisado”.

 

 

Fonte: G-1 Zona da Mata Online

Na sexta-feira (19), recuperando-se em casa, Mateus foi liberado para iniciar algumas tarefas, como sair de casa e caminhar pela vizinhança. A previsão é de que, em até 30 dias, ele esteja apto para voltar à rotina.

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