Quilômetros antes de chegar à Dona Euzébia, na Zona da Mata mineira, uma cena é muito comum para quem passa pelas estradas. Carros de passeio, caminhões e caminhonetes indo e vindo carregadas de plantas de vários tipos e tamanhos. Desde pequenas mudas até palmeiras adultas, o fluxo intenso que se observa é o sintoma de uma das cadeias produtivas de maior destaque desta região: a produção de mudas.
De acordo com dados da Associação dos Produtores Rurais de Dona Euzébia e Região (ASPRUDER), Dona Euzébia é o maior produtor de mudas de plantas do estado e o segundo maior produtor do país. O mercado desse produto é dividido principalmente em três categorias: plantas ornamentais, frutíferas ou florestais. Estima-se que, anualmente, a cidade produza entre 15 e 20 milhões de mudas, vendidas principalmente para o Triângulo Mineiro e o estado de São Paulo.
Sebastião Lacerda é produtor e membro da Comissão Técnica de Fruticultura.jpeg
Sebastião Lacerda é produtor e membro da Comissão Técnica de Fruticultura
“Hoje, em Dona Euzébia e região, cerca de 85% das famílias vivem, de maneira direta ou indireta, da produção de mudas. É o principal negócio da cidade, levando nosso nome para diversos locais do país”, comentou Sebastião Carlos Lacerda, produtor, membro da ASPRUDER, da Cooperativa de Mudas e da Comissão Técnica de Fruticultura do Sistema Faemg Senar.
Viveiro de plantas ornamentais.jpeg
Viveiro de plantas ornamentais
“Com mais de 80 viveiros de alta qualidade, a região se destaca nacionalmente nesse setor. A produção de mudas desempenha um papel crucial na economia local, sendo a segunda maior fonte de renda do município”, contou Mariana Marotta, analista técnica da comissão de fruticultura do Sistema Faemg Senar.
A produção começou de maneira informal, ainda na década de 1970, na Serra da Onça. O negócio se expandiu e hoje os viveiros estão espalhados por toda a cidade, gerando renda para milhares de famílias. “Cabe ainda ressaltar que as cidades do entorno são também produtores de mudas e exercem um papel importante na região”, completou Mariana.
Para continuar lendo esta reportagem, acesse nosso site.
Fonte: Jornal Leopoldinense