É cada vez mais necessário ter atenção e cuidado antes de divulgar e compartilhar vídeos nas redes sociais. Muitos deles são de crimes que as pessoas – possivelmente mal intencionadas – divulgam como se tivessem ocorrido na cidade em que as imagens estão circulando. O que, geralmente, não é verdade.
Nesta quarta-feira, 21 de agosto, vídeo de agressões a uma mulher foi divulgado em Cataguases afirmando que o episódio teria ocorrido no Bairro São Marcos. Na realidade o fato aconteceu em Muriaé, mas a divulgação do vídeo nas redes sociais de Cataguases teve muita repercussão e gerou diversos comentários.
Porém, o caso mais grave, aconteceu em Viçosa, no último dia 17, e quase tirou a vida de um idoso de 65 anos. De acordo com o vídeo que circulou nas redes sociais daquela cidade, ele foi erroneamente identificado como autor de um estupro de vulnerável, porque usava roupas parecidas com as da pessoa que aparecia nas imagens.
O caso levou a Polícia Civil de Viçosa a instaurar um inquérito para investigar o que aconteceu e as informações preliminares apontam que a motivação do crime está supostamente ligada à circulação desse vídeo – de teor criminoso – nas redes sociais, que quase foi assassinado.
De acordo ainda com a PCMG até o momento não há nenhum registro relacionado ao suposto crime de estupro de vulnerável em Viçosa que corresponda ao conteúdo do vídeo. Além disso, completa a Polícia Civil, não existem indícios de que o vídeo tenha sido produzido na cidade ou envolva moradores locais.
A Polícia Civil alerta ainda sobre as graves consequências do compartilhamento desse tipo de material. A prática de disseminar vídeos de conteúdo criminoso pode configurar o crime previsto no Artigo 218-C do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão de 1 a 5 anos, sem prejuízo de crimes mais graves que possam ser configurados.
As investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e esclarecer completamente os fatos.
Fonte: PCMG / Site: Primeiro a Saber / Site do Marcelo Lopes