A gordura no fígado, cientificamente denominada esteatose hepática, é uma condição que impacta significativamente a saúde de muitos brasileiros. Estima-se que cerca de 20% da população do país possam ser afetados por esse problema, caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas. Embora muitas vezes assintomática em seus estágios iniciais, a esteatose pode ter sérias implicações à medida que evolui.
Esse acúmulo de gordura geralmente passa despercebido até que provoque inflamação ou dano no fígado, resultando em uma gama de sintomas. Estes variam em intensidade e podem complicar o funcionamento adequado do órgão, essencial para processos metabólicos vitais. A presença de gordura no fígado pode ser identificada pelos sintomas que se manifestam à medida que a condição avança. Entre os sinais mais comuns, destacam-se o cansaço excessivo e a fraqueza, que podem persistir mesmo após períodos adequados de descanso.
Este tipo de fadiga interfere significativamente no dia a dia dos indivíduos afetados. Outro sintoma é o desconforto abdominal, especificamente na região superior direita do abdômen, onde o fígado está localizado. Este pode ser intermitente ou contínuo, e sua intensidade varia conforme a progressão da condição.
A obesidade, associada ao diabetes tipo 2 e aos altos níveis de colesterol, são frequentemente ligados à esteatose hepática. Ademais, o consumo excessivo de álcool e uma dieta rica em gorduras contribuem significativamente para o desenvolvimento desse problema de saúde. A prevenção se baseia em mudanças no estilo de vida, promovendo uma dieta balanceada e o exercício regular. A perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou obesidade é particularmente eficaz na redução do acúmulo de gordura no fígado nos estágios iniciais.
O diagnóstico precoce da gordura no fígado é fundamental para evitar consequências mais sérias, como fibrose ou cirrose. Para tal, são necessários exames específicos como análises de sangue para verificar as enzimas hepáticas, e exames de imagem, incluindo ultrassonografia e elastografia. Este último é um procedimento indolor que mede a elasticidade do tecido hepático, avaliando a presença de gordura. A orientação médica de um hepatologista ou clínico geral é essencial para monitorar a condição e implementar um plano de tratamento eficaz. A atenção médica precoce maximiza as chances de reversão da esteatose, melhorando assim a qualidade de vida a longo prazo.
Além das numerosas medidas preventivas, o controle da esteatose depende de um estilo de vida saudável. Reduzir a ingestão de açúcares e gorduras, juntamente com o aumento da atividade física, pode significativamente melhorar o quadro. Em casos mais graves, podem ser necessárias intervenções médicas e acompanhamento contínuo. Adotar mudanças sustentáveis na dieta e no comportamento diário é chave para o sucesso no tratamento. Consultar regularmente um profissional de saúde garante que qualquer ajuste necessário nos hábitos de vida seja feito a tempo, prevenindo a progressão da doença.
Fonte: Site da Super Rádio Tupi