O advogado cataguasense Eduardo Antunes Barcelos foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O julgamento virtual terminou dia 15 de fevereiro e a ata da sessão foi divulgada no último dia 17. Todos os cinco ministros da Primeira Turma daquela Corte votaram pela sua condenação, sendo que destes, apenas Cristiano Zanim, entendeu que a pena deveria um pouco menor, de 15 anos. 

A sentença completa divulgada pelo STF determina que dos 17 anos de condenação, 15 anos e 6 meses serão em regime fechado e 1 ano e 6 meses de detenção e 100 dias-multa no valor de um terço do salário mínimo. Eduardo Barcelos foi condenado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Dano Qualificado, deterioração do Patrimônio Tombado e associação criminosa armada. Por fim também terá que pagar o valor mínimo indenizatório a título de danos morais coletivos de R$ 30 milhões, a ser quitado solidariamente com os demais condenados.

Apesar da condenação, Dudu Barcelos, como é conhecido, foi preso na terceira fase da operação Lesa Pátria, no dia 27 de janeiro de 2023, por uma equipe da Polícia Federal e levado para Juiz de Fora, onde permaneceu por quase um ano. Posto em liberdade voltou a viver em Cataguases sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Apesar de ter divulgado fotos e vídeos no meio da multidão durante os atos golpistas de 8 de janeiro, ele negou sua participação.

Seu advogado Luiz Antônio de Paula Iennaco confirmou ao Site que irá recorrer da sentença e que está preparando os recursos “que serão entregues àquela Corte dentro dos prazos estabelecidos”, disse. Iennaco reiterou que, desse modo, seu cliente permanece em liberdade até “o esgotamento das vias recursais”.

Fonte: Site do Marcelo Lopes