Três homens foram presos suspeitos de atear fogo na casa de uma mulher na manhã de terça-feira (8). O incêndio ocorreu em Pinheiro Grosso, distrito de Barbacena – cidade a cerca de cem quilômetros de Juiz de Fora. O ex-companheiro da vítima, 28 anos, confessou à Polícia Militar (PM) que pagou uma quantia de dinheiro ao primo para realizar o crime. Contudo, o familiar negou participação na ação e indicou um terceiro suspeito. Todos foram encaminhados à delegacia.
À PM, a proprietária da residência contou que estava no trabalho quando recebeu uma ligação informando que um incêndio atingiu sua casa. No local, os vizinhos haviam se mobilizado para apagar o fogo e, posteriormente, o Corpo de Bombeiros utilizou cerca de 400 litros de água e extinguiu totalmente as chamas.
A mulher ainda relatou que, diariamente, quando sai para o trabalho, o filho de 3 anos permanece dormindo, sob supervisão da avó. Naquele dia, entretanto, a avó levou o neto para sua casa – que fica no mesmo lote. A polícia também escutou a mãe da vítima, que relatou que ouviu cachorros latindo e viu alguém pulando o muro da casa da filha e, em seguida, houve um barulho de vidros sendo quebrados. Ao se dirigir até o local, ela viu a cama da filha tomada pelo fogo. De prontidão, tentou jogar água para controlar o incêndio, porém as chamas se alastravam rapidamente.
O Corpo de Bombeiros corroborou com o que foi dito pela mãe da vítima. Segundo eles, o incêndio atingiu três cômodos, mas o foco localizava-se no quarto – que teve danos estruturais visiveis. Em decorrência disso e do risco com o comprometimento da estrutura, a casa teve que ser interditada.
Suspeitos
A vítima disse à polícia que terminou um relacionamento recentemente, e que o ex-companheiro não aceitava o fim. O homem foi identificado como suspeito e passou a ser procurado. Os militares visitaram primeiro o local de trabalho do homem. A empregadora informou que, naquele dia, ela pediu dispensa sob a justificativa que “a casa da namorada estava pegando fogo”.
Os militares se encaminharam até a casa do suspeito, que foi encontrado e confessou o crime. De acordo com o depoimento do homem, ele teria planejado atear fogo na casa da ex, juntamente com seu primo, de 25 anos. Ele ainda relatou que, no dia anterior, os dois familiares teriam comprado gasolina para fabricar um “coquetel molotov” e que o suspeito de comandar a ação criminosa teria feito o pagamento, em uma quantia em dinheiro, para o parente jogar a substância no local.
Já o primo, ao ser confrontado pela PM, deu uma versão diferente. Ele teria sido procurado para fabricar a arma incendiária, mas não teria ateado fogo na residência, tampouco recebido dinheiro para isso. O homem indicou um terceiro suspeito, que teria passado a madrugada no distrito enquanto usava entorpecentes – ele também negou a participação no crime. A perícia técnica fez os trabalhos de praxe e os homens foram encaminhados à delegacia.
Fonte: Site do Tribuna de Minas
