Um homem de 31 anos que matou o sogro a tiros em abril de 2011, no bairro Santa Terezinha, foi condenado a 12 anos de prisão, nesta quinta-feira (17). O rapaz foi considerado culpado pelo júri popular, formado por quatro mulheres e três homens.
O julgamento se deu no Fórum Tabelião Pacheco de Medeiros, no Centro de Muriaé, e começou pouco depois das 9h. A sentença foi lida pelo juiz que presidiu o julgamento, Maurício José Pirozzi, às 17h20.
Segundo aos autos do processo, a morte da vítima - Marcos Leôncio - foi resultado de desavenças entre ela o réu, pelo fato de Marcos não aceitar o namoro do rapaz com sua filha, que na época do crime tinha 16 anos.
Marcos Leôncio foi morto com dois tiros, na noite do dia 22 de abril, na porta de um bar, no Santa Terezinha, onde estava na companhia de sua outra filha.
A defesa do acusado argumentou que ele matou o sogro em legítima defesa, alegando que o réu já havia sido esfaqueado por Marcos Leôncio duas vezes e sofrido diversas ameaças de morte por parte do mesmo, e que resolveu pôr um fim na situação antes que fosse morto pelo sogro.
Porém, o Ministério Público convenceu os jurados de que o réu não tinha necessidade de matar a vítima e que o crime foi cometido por motivo torpe e de forma que não deu chance de defesa à vítima, configurando homicídio duplamente qualificado.
O réu, que na data do crime fugiu, se apresentando dias depois, aguardou o julgamento em liberdade, mas foi preso após a sessão por força de uma ordem judicial, decretada antes do júri pelo próprio juiz Maurício Pirozzi, em virtude de ameaças que o acusado teria feito à mãe da vítima.
E diante da prisão, em caso de recurso por parte da defesa, o magistrado também negou o direito de o réu aguardar em liberdade.
Fonte : Radio Muriaé