A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo, que através do transplante pode beneficiar o tratamento de cerca de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. O fator que mais dificulta a realização do procedimento é a falta de doador compatível, já que as chances de o paciente encontrar um doador compatível são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média.
Natural de Leopoldina, Lucas Araújo Resende, de 26 anos, casado, funcionário de uma construtora que presta serviços para a COPASA, havia se cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula óssea (Redome), no Rio de Janeiro, e foi contactado após ser considerado compatível com um paciente do estado do Rio de Janeiro que necessita da doação.
Na manhã desta quinta-feira, 17 de agosto, Lucas compareceu ao Polo de Saúde Agostinho Pestana, em Leopoldina, para coleta de novos exames sorológicos, procedimento necessário para que seja realizada a doação de medula.
De acordo com a Biomédica e Referência Técnica da Fundação Hemominas em Leopoldina, Natália França Bedim, após os resultados dos exames – o que deverá acontecer rapidamente, o doador será informado pelo Estado do Rio de Janeiro sobre a data e local da doação.
Perguntado pela reportagem do jornal O Vigilante Online sobre sua sensação em poder ajudar uma pessoa através da doação da medula óssea, Lucas disse que não tinha palavras para descrever o que estava sentindo, além de estar muito feliz.
Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte. O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue e do sistema imune.
O interessado em se candidatar deverá se dirigir a uma das unidades de atendimento, onde vai receber orientações sobre o cadastramento e a doação da medula. O cadastramento poderá ser feito previamente através do preenchimento do Formulário de Identificação do candidato a doação de medula e da assinatura do Termo de consentimento que serão entregues no dia. Acesse: Como é realizado o cadastro.
Além disso, o doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras – para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis (haploidênticos).
Para aumentar a probabilidade de êxito na localização, é fundamental manter os dados cadastrais atualizados no REDOME. O voluntário pode ser chamado para efetuar a doação com até 60 anos de idade.
Para integrar o cadastro de doadores, a pessoa tem que ter entre 18 e 55 anos de idade e apresentar boa saúde. No ato do cadastramento será colhida uma pequena amostra de sangue destinada à realização do exame HLA. Este exame vai traçar as características genéticas do candidato e verificar a compatibilidade com pacientes que estão na fila de espera para transplante de medula óssea.