Macacos mortos encontrados em Tebas foram enviados para exames em BH
LEOPOLDINA
Publicado em 24/11/2017

 

Secretaria de Saúde recolheu os animais e através da GRS de Leopoldina, encaminhou os corpos dos primatas para a Fundação Ezequiel Dias. Os macacos têm papel fundamental na vigilância da Febre Amarela e não transmitem a doença.

A notícia de que alguns macacos mortos foram encontrados no distrito de Tebas foi tornada pública pelo vereador Waldair Costa (foto), durante reunião da Câmara de Vereadores de Leopoldina na última terça-feira, 21 de novembro. O pronunciamento do vereador em relação à morte dos macacos deve-se ao fato que estes animais servem de alerta para a possibilidade de casos de Febre Amarela, doença que é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Pela seriedade do problema, tanto o vereador Waldair Costa, quanto o vereador Jacques Vilella, estão atentos às ocorrências ligadas ao encontro de macacos mortos no município. O alerta foi compartilhado com os vereadores presentes naquela sessão.

Informações desencontradas de que seriam 5 ou 6 os macacos mortos encontrados na região não foram confirmadas pela Secretária Municipal de Saúde, Lúcia Gama, que conversou com a reportagem do Jornal O Vigilante Online sobre o tema. Apesar de não confirmar o número de macacos mortos encontrados em propriedades rurais de Tebas, Lúcia explicou que os corpos dos animais teriam sido localizados já em decomposição.

Ao tomar conhecimento das ocorrências a Secretaria de Saúde de Leopoldina, através do seu setor de endemias, recolheu os animais e através da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina, encaminhou os corpos dos primatas para a Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em Belo Horizonte, para realização dos exames que confirmarão ou não tratar-se da Febre Amarela. 
Mesmo sem a confirmação de que a causa da morte dos primatas tenha sido por Febre Amarela, a Secretaria Municipal de Saúde realizou preventivamente o Bloqueio naquela região, feito pela equipe de endemias.“Fizemos o Bloqueio em uma área mais abrangente, fora do entorno que deveria ser feito, ou seja, fizemos em todo o distrito”, esclareceu Lúcia Gama.

Informações obtidas pela reportagem do Jornal O Vigilante Online revelaram que nos últimos trinta dias, pelo menos cinco animais teriam sido encontrados na região de Tebas. Outras duas informações sobre macacos mortos na região da Serra da Vileta não se confirmaram, pois os corpos dos animais não foram encontrados, entretanto, elas foram registradas como “Rumor”. Outro macaco morto foi encontrado na divisa de Leopoldina com Além Paraíba. 

A Redação do Jornal enviou mensagem para a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) a respeito do assunto, mas até o fechamento desta matéria não recebemos resposta.

Em média, os exames que estão sendo realizados pela FUNED para confirmar se os casos mencionados estão relacionados com a Febre Amarela ficarão prontos em trinta dias.

De acordo com o Informe Epidemiológico da Febre Amarela, do dia 23 de novembro, em 2017, até o momento foram confirmados 475 casos de Febre Amarela no Estado. Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram:

• Exame laboratorial detectável para Febre Amarela;
• Exame laboratorial não detectável para dengue;
• Histórico vacinal (não vacinado/vacinação ignorada);
• Sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso;
• Exames complementares que caracterizam disfunção renal/hepática.

Em Minas Gerais, o último caso humano autóctone (quando a doença é contraída dentro do estado) de Febre Amarela silvestre havia ocorrido em 2009. Porém, no início de 2017 foi confirmada a ocorrência de uma epidemia de febre amarela em Minas Gerais. O último caso confirmado da doença no estado teve início dos sintomas em 09 de junho de 2017.

Além de casos humanos, desde o início da epidemia, foram registradas epizootias envolvendo primatas em vários municípios do estado. As epizootias em primatas não humanos são, por definição, primatas encontrados doentes e/ou mortos, sem causa definida, que podem preceder a ocorrência de doenças em humanos.

Situação epidemiológica atualizada

A partir de julho de 2017 não foram registrados casos humanos confirmados de Febre Amarela no estado de Minas Gerais. No entanto ocorreram epizootias de Primatas Não Humanos (PNH) em noventa e sete municípios, com confirmação de circulação do vírus em oito municípios. Além dos oito municípios com epizootias de primatas confirmadas citado acima, dezoito municípios continuam com epizootia de primata em investigação, trinta municípios com epizootia de primata indeterminada (sem coleta de amostra) e quarenta e três municípios com epizootia de primata descartada para febre amarela.

Fonte: O VIGILANTE ONLINE

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