O Chefe de Serviço do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Leopoldina, engenheiro Márcio Gusmão, esteve na tarde desta quinta-feira (28) no Bairro Três Cruzes, para definir quantas árvores serão cortadas na faixa de domínio sob sua responsabilidade, localizada entre a rodovia BR-116 e aquela comunidade.
Na tarde desta quarta (27), equipes do DNIT estiveram no local para efetuarem a poda de algumas árvores. Na noite anterior, uma árvore caiu no Bairro Três Cruzes durante a chuva, o que foi suficiente para reabrir a polêmica entre os favoráveis ao corte das 48 árvores e os contrários ao procedimento.
Três vereadores compareceram ao Bairro Três Cruzes na tarde desta quarta, no lugar onde ocorreu a queda da árvore. José Augusto Cabral, Sebastião Geraldo Valentim (Tião das Três Cruzes), que reside no Bairro e Waldair Costa, Primeiro Secretário da Câmara Municipal de Leopoldina acompanharam o trabalho dos representantes do DNIT.
Cortar ou não cortar
A polêmica sobre o corte das 48 árvores nas Três Cruzes se estabeleceu na manhã do dia 28 de novembro, com a chegada da Defesa Civil Municipal ao Bairro para efetuar o corte. Conforme matéria publicada por O Vigilante Online no dia 29 de novembro, a derrubada das árvores revoltou e entristeceu moradores daquela área, que foram acordados pelo barulho da motosserra e sem nenhum aviso ou explicação souberam que diversas árvores seriam cortadas ao longo do trecho entre as margens da rodovia e aquela comunidade.
Uma leitora comentou: "Gostaria de saber o que levou a prefeitura a tomar tal atitude de autorizar o corte das árvores (...), pois quem plantou e manteve até o momento foram os moradores de frente à BR-116. Tem mais de trinta anos e nunca até hoje vieram fazer nenhuma avaliação nas mesmas."
A Reportagem do Jornal O Vigilante Online, após ser procurada por diversos moradores do Bairro, esteve no local e registrou imagens do trecho onde os trabalhadores da Prefeitura realizavam o serviço. Naquela ocasião a Redação entrou em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Leopoldina, que confirmou a decisão tomada na reunião do CODEMA realizada no dia 24 de outubro. O Conselho ouviu relato da Defesa Civil sobre a necessidade de se efetuar o corte de 48 árvores de diversas espécies plantadas às margens da rodovia, no Bairro Três Cruzes. Fotos das árvores foram apresentadas durante a reunião. Ainda de acordo com a Ata, estas fotos foram analisadas pelos membros do CODEMA presentes, que deferiram a solicitação envolvendo as 48 árvores. Ficou firmado naquele documento que o DNIT deveria ser comunicado sobre o corte já que a área é de responsabilidade daquela autarquia federal. Ainda segundo o documento ao qual o Jornal teve acesso, a ação teria como medida compensatória o plantio de outras 48 árvores no mesmo bairro.
O vereador José Augusto Cabral esteve no Bairro Três Cruzes na manhã do dia 28 de novembro, buscando encontrar uma alternativa para a situação. O vereador questionou a ausência de laudos técnicos a respeito dos cortes e argumentou com a Defesa Civil. Também compareceu ao local naquela data uma equipe do DNIT, desautorizando o prosseguimento dos cortes, que ficaram suspensos provisoriamente até que tivessem maiores esclarecimentos sobre o caso. No começo daquela tarde o vereador José Augusto se reuniu com o Promotor do Meio Ambiente, Dr. Sérgio Soares, relatando o ocorrido e solicitando as providências devidas. Desde então a questão aguardava desdobramentos.
Procurado pelo Jornal O Vigilante Online nesta quarta (27) para comentar o assunto, o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Marcos Gorrado, declarou que de acordo com o laudo encaminhado pela Secretaria de Meio Ambiente de Leopoldina ao DNIT, Defesa Civil, Polícia Militar Ambiental e Ministério Público do Estado de Minas Gerais, existem 48 árvores com necessidade de corte naquela região do Bairro Três Cruzes. Em relação aos laudos, o Secretário explicou que foram feitas fotos de cada árvore, demonstrando o porquê do corte de cada uma delas. O Secretário ainda esclareceu que o que o município fez foi agir para não acontecer qualquer dano pessoal ou material a quem transite pelo local.
Fonte: Jornal O Vigilante
