Uma programação diversificada, reunindo nomes conhecidos como Renato Teixeira, Geraldo Azevedo e Zé Geraldo e novas atrações como Sérgio Andrade, cantor e um dos fundadores da célebre Banda de Pau e Corda, além do retorno de Miltinho Edilberto. Com esses nomes e ainda promovendo a valorização da prata da casa, será realizado o 14º Festival de Viola e Gastronomia de Piacatuba, que acontece entre os dias 27 a 31 de julho.
O elenco foi divulgado pela produtora e coordenadora do Festival, Maria Lúcia Braga. O festival é patrocinado pela Energisa e pelo Governo de Minas, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com apoio da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, Prefeitura de Leopoldina, Hotel Minas Tower e Sol e Neve. Junto com a boa música, a excelência da gastronomia mineira, cursos, oficinas, teatro e outras atrações que fazem de Piacatuba uma referência na região e no estado.
O FESTIVAL DE VIOLA
Uma das grandes contribuições de Piacatuba à música brasileira é o Festival de Viola, cujas inscrições podem ser efetuadas de 11 de abril a 24 de junho. As músicas concorrentes devem privilegiar a autêntica música de viola, sem uso de aparelhos eletrônicos. Os prêmios para as etapas nacional e regional são idênticos e bastante atraentes. O vencedor ganha R$ 5 mil; o segundo, R$ 2.500,00 e o terceiro, R$ 1 mil. O melhor Intérprete e melhor violeiro levam R$1.500,00. Todos os contemplados recebem ainda um troféu.
O Festival de Viola dará ajuda de custo aos violeiros da etapa nacional de R$ 300,00. Esse ano, uma novidade na etapa regional do festival: poderão participar qualquer pessoa com residência comprovada na área abrangida pelo DDD (32), o que ampliará o número de candidatos, que devem enviar uma comprovação de residência. O regulamento está disponível no site
www.festivaldepiacatuba.com.br
OS SHOWS
Ano após ano, o concurso aponta novos nomes e rumos para a música de viola, revelando novos talentos. Um dessas revelações é Diorgem Junior, vencedor da etapa nacional de 2015 com a música "Viola Esperançada". Mineiro de Governador Valadares, ele retorna esse ano na condição de músico convidado, se apresentando na sexta, dia 29 após os concorrentes da etapa nacional e esquentando a plateia para um dos estreantes em Piacatuba, o pernambucano Sérgio Andrade.
Integrante da legendária Banda de Pau e Corda, que teve o primeiro disco apresentado pelo sociólogo pernambucano Gilberto Freyre. Sérgio Andrade seguiu carreira solo em 2009 e já tem dois discos gravados de forma independente.
Uma novidade introduzida o ano passado e que agradou em cheio permanece: é o cortejo dos violeiros, que acontecerá nas quatro noites. No primeiro dia, 27, caberá ao leopoldinense Hermes Viola conduzir o cortejo antes de ele próprio subir ao palco e ter a primazia de fazer o primeiro show do festival.
Em seguida, a apresentação de Geraldo Azevedo, um dos grandes artistas nordestinos de uma geração que conta ainda com nomes como Alceu Valença, Zé Ramalho e Elba Ramalho, não por acaso seus parceiros.
No dia 28, após a etapa regional do Festival de Viola, sobe ao palco Juca Fusco, músico atualmente radicado em Cataguases. Com o intrigante e criativo CD de estreia, "Ajuda dos Tempos", na bagagem – que contou com a participação do pianista Tomás Improta – Juca vai apresentar músicas de seu segundo CD, em fase de gravação.
Em seguida é a vez de outro nome da Zona da Mata, o rodeirense Zé Geraldo, autor de músicas como "Milho aos pombos", "Cidadão" e a tristemente atual "Rio Doce".
O último dia de shows de Piacatuba traz dois nomes essenciais na música de viola. O primeiro é Miltinho Edilberto, responsável por um dos melhores shows do ano passado com sua mistura de arrasta-pé, moda de viola, levadas de folia e catira.Músico, produtor, pesquisador de Cultura Popular é considerado pela crítica como um dos principais instrumentistas do gênero. Já foi gravado por cantores como Maria Bethania, Maria Gadú e Sérgio Reis.
O segundo é Renato Teixeira, outro velho conhecido do festival. Autor de clássicos como"Romaria" (grande sucesso na gravação de Elis Regina, em 1977), "Tocando em frente" "Frete" e "Amanheceu", é um defensor aberto da música de raiz, caipira, que ainda sobrevive apesar dos desvios da música sertaneja.
No domingo, cessam os acordes da viola para entrar em cena outro velho amigo da casa, o percussionista Ary Dias (A Cor do Som) que apresenta a sua oficina de percussão. Em seguida, as crianças fazem a festa com a apresentação do grupo teatral e de arte-educação Girarte.
