Macaco é encontrado morto em Ribeiro Junqueira e levado para exames de febre amarela
REGIÃO
Publicado em 25/01/2018

 

Um macaco foi encontrado morto nesta segunda-feira (22), próximo da antiga estação, em Ribeiro Junqueira, distrito de Leopoldina. O macaco foi recolhido por uma equipe do Setor de Endemias da Prefeitura para que fosse enviado ao laboratório da FUNED em Belo Horizonte, responsável pelos exames que confirmarão se ele estava contaminado pela febre amarela ou não.

Segundo o Supervisor Geral do Setor de Endemias em Leopoldina, Arâncio Gomes, uma ação de Bloqueio começou a ser realizada no distrito nesta terça (23).

A diretora da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina, Aline Santos de Almeida, em recente entrevista ao Jornal O Vigilante Online ressaltou que o município está na cor amarela, ou seja, está abaixo de 95% da imunização que é preconizada pelo Ministério da Saúde. “Leopoldina hoje está com taxa vacinal de 72%. Estamos solicitando ao município que estabeleça estratégias de colocar postos de saúde com horários diferenciados, a vacina não está em falta na nossa Regional, os municípios estão abastecidos. A população tem que ter cuidado, por exemplo, com a chegada do carnaval”, alertou, chamando a atenção das pessoas que pretendem viajar para áreas de risco, que verifiquem o cartão de vacinação, pois a vacina tem que ser ministrada dez dias antes caso a pessoa não seja vacinada.  

Febre Amarela: principais sintomas e dicas de prevenção

Sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

Transmissão

A febre amarela ocorre nas Américas do Sul e Central, além de em alguns países da África e é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Sua manifestação é idêntica em ambos os casos de transmissão, pois o vírus e a evolução clínica são os mesmos — a diferença está apenas nos transmissores. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue). A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra.

Prevenção

Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Para eliminar o mosquito adulto, em caso de epidemia de dengue ou febre amarela, deve-se fazer a aplicação de inseticida através do "fumacê”. Além disso, devem ser tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo. (www.bio.fiocruz.br)

 

Fonte: O Vigilante

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