Feira de Artesanato da General Osório enfrenta problemas para montagem das barracas
LEOPOLDINA
Publicado em 18/02/2018

 

A Feirinha de Artesanato da Praça General Osório enfrentou problemas neste sábado (17), para conseguir a montagem das barracas dos artesãos. Segundo as informações obtidas no local pela reportagem, apenas 4 servidores públicos foram designados para realizar o serviço, e não 9, como normalmente acontece. Além disso, os funcionários públicos municipais teriam reclamado para alguns feirantes que a Prefeitura cortou 20 horas extras nos seus pagamentos.

De acordo com as informações, no último final de semana os funcionários da Prefeitura ficaram até as 17h00 daquele sábado para concluir a desmontagem das barracas, que começaram a ser montadas durante a madrugada. O protesto dos trabalhadores resultou no atraso do início do funcionamento da Feira dos Artesãos e também da Feirinha ao lado, na Praça João XXIII, onde os produtores rurais que comercializam sua produção teriam enfrentado o mesmo problema dos artesãos. 

Geovane Marques, presidente da Sociedade Amigos Artesãos de Leopoldina (SAAL), e o vice presidente da entidade, Miguel Ângelo Muniz Pereira (foto ao lado), conversaram com nossa equipe. Miguel contou que ao chegar à Praça General Osório por volta das 05h30, nenhuma barraca estava montada. “Estavam desmontadas dentro do caminhão”, afirmou. O vice presidente explicou que os artesãos não receberam nenhuma comunicação da Prefeitura informando que haveria falta de mão de obra para executar a montagem das barracas neste sábado.

Geovane Marques (foto à esq), presidente da SAAL, disse que chegou à Praça e se deparou com as barracas ainda sem montar. “Fui conversar com o responsável pela montagem e ele me informou que o problema existiu porque são necessários 9 montadores, a Prefeitura só enviou 4 e deu folga para 5”, esclareceu.

Conforme relatos feitos à reportagem, o serviço teria ficado muito pesado para essa turma de 4 servidores, responsáveis pela montagem das barracas da Feira de artesanato e da Feira de produtos rurais. 

Os servidores públicos também teriam comentado que recebiam 60 horas extras mensais, mas a Prefeitura teria cortado 20 horas extras. Diante do impasse, os expositores se reuniram e eles próprios começaram a retirar as estruturas de cima do caminhão e montar as barracas, vindo a receber a ajuda dos funcionários públicos.

Passava das 08h00 e algumas barracas ainda estavam sendo montadas.


A Feira, que atualmente conta com 83 expositores registrados, é uma das tradicionais atrações do sábado em Leopoldina. “Gostaríamos que tomassem uma providência para que este problema não volte a acontecer. Atrasos já ocorreram, mas não como a situação de hoje”, apelou Miguel Ângelo, informando que na segunda-feira (19), ele e o presidente Geovane fariam uma visita formal ao Prefeito José Roberto de Oliveira para dar-lhe ciência do ocorrido neste sábado. “Também cobraremos do Prefeito as lonas das barracas, pedido feito no final do ano passado, devido ao seu péssimo estado de conservação. Temos barracas com a lona rasgada, outras amarradas com barbante e barracas sem lona”, acrescentou Geovane. 



Paulo Lúcio Antunes da Silva (foto), que ajudou a fundar a Feira de Artesanato em 1995 e já foi seu presidente, é um dos artesãos que participam da Feira. Ele sugere a terceirização do serviço de montagem das barracas. “É uma vergonha o que está acontecendo praticamente todos os sábados, faltando gente, retirando as pessoas que trabalham na montagem das barracas”, argumentou. 

A Redação encaminhou e-mail ao Assessor de Imprensa da Prefeitura, Iago Xavier para que se manifestasse sobre o fato, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta. 

Procurado pelo jornal, o Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Geraldo Cevidanes, esclareceu que assim que soube do problema, ainda no início da manhã, mobilizou sua equipe para que a demanda da Feira pudesse ser atendida.


Procurada para comentar o assunto, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINSERPU), Celinha Tavares, esclareceu que os servidores não mantiveram contato com o Sindicato para reclamar sobre o eventual corte de horas extras. Celinha acrescentou que o SINSERPU está à disposição do funcionalismo para prestar esclarecimentos e adotar as medidas que se fizeram necessárias em relação ao caso.

 

Fonte: O Vigilante

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