Prefeituras de São João Nepomuceno e Viçosa registram aumento no número de casos de conjuntivite
29/03/2018 07:40 em REGIÃO

 

As cidades de São João Nepomuceno e Viçosa atualizaram nesta quarta-feira (28) o número de casos de pessoas com conjuntivite . De acordo com as secretarias municipais de Saúde, foi registrado aumento em ambos os municípios.

Em São João Nepomuceno, o número de pessoas com conjuntivite passou de 6.159 para 6.969. O crescimento foi de 810 casos em uma semana, o que representa um aumento de 13,15%. A nova atualização se refere ao período entre os dias 19 a 27 de março de 2018.

A cidade de Viçosa apresenta um número de casos menor, no entanto, o percentual de crescimento da última atualização é alarmante. Na atualização desta quarta, foram confirmados 161 casos. Até o dia 19 de março, o número de registros era 50.

G1 entrou em contato com as secretarias municipais de Saúde das cidades que estão com surto na Zona da Mata e atualizou na última semana o número de casos por município. Na ocasião, São João Nepomuceno já liderava como a cidade com maior número de pessoas com a doença na região.

De acordo com a última atualização da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), além de São João Nepomuceno e Viçosa, outras nove cidades passam por surtos da doença: Juiz de Fora, Muriaé, Tocantins, Cataguases, Paiva, Descoberto, Leopoldina, Volta Grande e Bicas. Todos esses municípios contabilizaram 29 surtos apenas neste ano. Em todo o estado, são 118 registros.

A ocorrência de uma doença é considerada surto quando um aumento repentino de número de casos na mesma área e acima do que é esperado pelas autoridades. A SES-MG não informa quantos casos já foram notificados em cada surto na região.

 

Sintomas e prevenção

 

De acordo com o médico Flávio Marcelino, o aumento dos casos da doença acontece principalmente nos dias quentes e em estações bem específicas do ano, como a primavera. A contaminação é rápida e fácil. A inflamação pode ser causada por alergia, mas é a forma provocada por vírus ou bactérias que mais preocupa as autoridades, pois a transmissão ocorre de pessoa a pessoa.

 

"O contágio da conjuntivite viral é muito mais fácil. Pode ser até por um espirro e a pessoa transmitir pelo ambiente ou o contato. Como ela coça muito, automaticamente a pessoa leva a mão no olho, coça, depois coloca a mão no teclado do computador, na maçaneta da porta ou no corrimão. Depois a outra pessoa pode tocar ali e se contaminar com conjuntivite", explica o médico.

 

Confira as dicas da SES-MG:

 

•Nunca compartilhe itens pessoais como maquiagem, travesseiros, óculos e toalhas de mão e rosto

•Cubra o nariz e a boca quando tossir ou espirrar e evite esfregar ou tocar os olhos

•Nunca compartilhe suas lentes de contato com outra pessoa e interrompa o uso caso apresente sintomas da conjuntivite

•Lave as mãos frequentemente, especialmente quando passar tempo na escola ou em outros lugares públicos

•Mantenha acessível um desinfetante manual como o álcool gel e use-o com frequência

•Limpe sempre as superfícies com um antisséptico apropriado

•Se você sabe que sofre alergias sazonais, pergunte ao seu médico o que pode ser feito para minimizar seus sintomas

•Ao nadar, use óculos de natação para se proteger de bactérias e outros microrganismos presentes na água

•Ande sempre com lenços de papel para secar ou limpar os olhos e jogue-os fora após o uso. Não guarde os lenços contaminados no bolso para reutilização

•Não use lentes de contato ou maquiagem na região dos olhos enquanto eles ainda estiverem vermelhos ou irritados

•Separe sua toalha de rosto e travesseiro, de preferência troque a fronha e a toalha todos os dias

•Use apenas o medicamento indicado pelo seu médico e lave os olhos com água filtrada ou tratada

•Faça compressas frias várias vezes por dia e lave o rosto e os olhos com água gelada sempre que possível

•Em caso de baixa de visão, procure novamente seu oftalmologista

 

•Evite a reinfecção não utilizando novamente a maquiagem ou lentes de contato que possa ter usado no período que estava doente

 

Fonte: G-1 Zona da Mata

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